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Internacional
Terça - 02 de Março de 2004 às 18:22

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Ataques coordenados com homens-bomba e morteiros atingiram multidões de fiéis xiitas hoje, matando ao menos 143 pessoas no dia mais sangrento no Iraque desde a queda de Saddam Hussein, em abril passado.

Lideranças xiitas, grupo que congrega cerca de 60% da população iraquiana, disseram que os ataques são um tentativa de provocar uma guerra civil.

O Conselho de Governo Iraquiano acusou um jordaniano apontado por Washington de trabalhar para a rede terrorista Al Qaeda e de tentar intensificar o caos no Iraque.

O Exército dos EUA disse que três homens-bomba mataram 58 em Bagdá nas cercanias da mais importante mesquita xiita local, a Khadimiya, e que ataques com um homem-bomba, morteiros e bombas mataram ao menos 85 em Karbala, cidade sagrada xiita a 110 km ao sul de Bagdá.

Xiitas lotavam Karbala e alguns distritos de Bagdá para celebrar a Ashura, o décimo dia do mês muçulmano de Muharram, quando, de acordo com a tradição, o imã Hussein, neto do profeta Muhammad, foi morto em uma batalha há mais de 13 séculos.

Durante a cerimônia, os xiitas batem em suas cabeças e peito para lembrar o sofrimento do imã Hussein, que foi decapitado por inimigos. É a primeira vez em três décadas que a comunidade xiita celebra esta festa religiosa. A cerimônia era proibida no governo de Saddam.

Diversos membros do Conselho de Governo Iraquiano acusaram o jordaniano Abu Musab al Zarqawi, que supostamente tem vínculos com a rede terrorista Al Qaeda, de ser um dos principais suspeitos dos atentados cometidos hoje em Karbala e Bagdá.

Zarqawi, cuja cabeça foi posta a prêmio por Washington por US$ 10 milhões, é considerado pelos Estados Unidos o suspeito número um dos atentados de agosto de 2003 em Najaf (centro) e contra as instalações da ONU (Organização das Nações Unidas) em Bagdá.




Fonte: Folha Online

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