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Internacional
Segunda - 30 de Novembro de -0001 às 00:00

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O presidente do Equador, Alfredo Palacio, disse hoje que o "poder não é questão de gênero", reafirmando sua decisão de incluir duas mulheres na disputa pela vice-presidente da República.

Uma defensora dos direitos da infância e uma prestigiosa administradora portuária formam, junto a um empresário, o trio escolhido por Palacio para disputar o cargo. O atual chefe de Estado foi, até o último dia 20 de abril, o vice-presidente do Equador.

Palacio assumiu o poder depois que o Parlamento destituiu o presidente Lucio Gutiérrez por "abandono de cargo", embora ainda estivesse em funções.

Berenice Cordeiro, que lutou contra o trabalho infantil no país, e uma ex-gerente da Autoridade Portuária da cidade de Esmeraldas, Mae Montaño, integram o trio, que é completado pelo empresário Alejandro Serrano.

"O poder não é questão de gênero. Não os escolhi por serem homens ou mulheres, mas pela competência que essas três pessoas têm", disse Palacio, ao defender os três candidatos, que serão analisados pelo Parlamento unicameral equatoriano, composto por cem cadeiras.

A indicação de Serrano gerou divergências. O empresário era envolvido com o Partido Unidade Republicana, que, em 1992, levou Sixto Durán-Ballén à presidência do Equador.

Palacio havia anunciado que seu Governo não seria integrado por pessoas envolvidas com os partidos políticos tradicionais.

O presidente esclareceu hoje aos jornalistas que não conversou com os deputados sobre a lista de candidatos à vice-presidência, pois aposta por uma designação "transparente".

"Qualquer dos três, na minha opinião, pode ser um excelente vice-presidente", afirmou Palacio, que, quando ocupou o cargo, ficou relegado no Governo por suas frias relações com Gutiérrez. Agora, como chefe de Estado, Palacio disse que pretende "reforçar a vice-presidência". Para isso, planeja encarregar o vice-presidente de questões sociais, entre elas saúde e educação.

O presidente equatoriano também pretende encarregar a pessoa que assuma a vice-presidência da organização das assembléias populares, das quais pretende obter ajuda dos cidadãos para melhorar a administração pública. Palacio ainda não explicou como funcionarão essas assembléias, quando serão constituídas ou quem irá integrá-las.





Fonte: EFE

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