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Economia
Segunda - 20 de Janeiro de 2014 às 18:54

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A produção de flores no Brasil movimentou R$ 5,2 bilhões no ano passado, com aumento de 13% sobre 2012, disse o presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Kees Schoenmaker. Ele salientou que o valor se refere ao faturamento dos atacadistas e varejistas de flores. Para os produtores, a atividade gerou receita entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,3 bilhão. 

– O atacadista sempre dobra [o preço da produção] – afirmou Schoenmaker.

Ele observou, também, que sobre ao valor é acrescida a parte do varejista, o que acaba resultando nos R$ 5,2 bilhões de faturamento em 2013.

São Paulo é o mais importante Estado produtor, apresentando faturamento de R$ 1,8 bilhão em 2013. Em seguida, aparece o Rio de Janeiro, que movimentou R$ 576 milhões, com aumento de 23% em comparação ao valor registrado no ano anterior, de acordo com informação da Secretaria Estadual de Agricultura. O secretário Christino Áureo acredita que a expansão é resultado da profissionalização da atividade nos últimos anos, da diversificação da produção e da oferta de crédito para investimento e custeio.

Esclareceu que por meio do programa de fomento ao setor, o Florescer, têm sido intensificadas as ações de capacitação de produtores, “preparando nossos produtos para competir e conquistar espaço, tanto no Rio de Janeiro, como para atender outras unidades da federação”. Hoje, 52 dos 92 municípios fluminenses trabalham com floricultura, gerando 18 mil postos de trabalho.

O presidente do Ibraflor estimou que, em 2014, o crescimento do setor não mostrará grande incremento, devendo fechar com alta de 8% a 10%. Isso resulta de vários fatores. Entre eles, citou o Dia Internacional da Mulher, que este ano cairá no sábado depois do carnaval. 

– Sábado não é um dia bom. Depois do carnaval, é pior ainda – manifestou.

Outro fato que reduzirá as vendas, segundo Schoenmaker, é a Copa do Mundo. 

– Nós já passamos por várias Copas do Mundo e sabemos o efeito disso. As vendas caem bastante – disse.

O setor pretende promover ações voltadas par a Copa, mas não sabe qual será o resultado. 

Atualmente, o Brasil conta com 8 mil produtores, dos quais 98% são de pequeno e médio porte. A área cultivada no ano passado totalizou 13,8 mil hectares. Mais de 350 espécies foram produzidas, somando 3 mil variedades. O mercado engloba 60 centrais de atacado, 650 empresas atacadistas e 22 mil pontos de venda no varejo.

Schoenmaker disse que a tendência não é aumento do emprego na floricultura nacional, mas expansão da área para produção, porque, segundo ele, o pessoal está mecanizando mais, automatizando mais. Além disso, apontou que há dificuldade em encontrar pessoal capacitado para a atividade. 

– A dificuldade que outros negócios sentem, nós sentimos também. Está difícil – relatou





Fonte: Agência Brasil

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