Com duplicação condenada, ICMBio desconhece projeto de pedágio no Parque Nacional de Chapada Estudo do Governo prevê prevê a instalação de quatro praças de pedágio no trecho
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela preservação e manutenção do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, informou que não foram avisados sobre a possível concessão da MT -251 que liga Cuiabá a cidade de Chapada dos Guimarães. Segundo a chefe do Parque Nacional, Cintia Brazão, existe um pedido de analise referente à duplicação da via, que está sendo feito pelo Ibama, a pedido do Governo do Estado.
“Não é sobre pedágio, é a respeito da duplicação, o estudo é quanto ao impacto que isso pode causar ao meio ambiente. É um estudo de viabilidade. Até por que agente quer entender por que tem dois pedágios no Parque, tão caros”, falou.
A chefe do Parque, embasando em leis, explicou que, para a implantação da via é necessário preservar o ambiente saudável e o direito de ir e vir do cidadão. “É uma questão do bom senso viável. Qualquer interferência dentro do Parque para o coletivo tem que ser analisada, pois todos os resultados tem que haver benfeitorias coletivas”, explica.
O ICMBio alega que ainda é cedo para se manifestar a favor ou contra a iniciativa de concessão e sobre a possível duplicação da via. Cintia Brazão finaliza frisando que é necessário obter as informações do EIA – Estudo de Impacto Ambiental e o RIMA – Relatório de Impacto Ambiental.
“Vamos esperar e colocar a nossas analises, e ver ser é possível ou não a duplicação, se possível, as nossas condições”, lembra.
O Ibama tem um prazo de 12 meses para considerar os dados do Governo sobre a duplicação da MT 251 e o Instituto Chico Mendes tem dois meses. O Executivo enviou o pedido de analise de estudos de duplicação no final de setembro e início de outubro.
Os estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira, social e operacional sobre a concessão prevê a instalação de quatro praças de pedágio. Apenas entre Cuiabá e Chapada serão três cobranças: uma no quilômetro 6,5, nas proximidades da Fundação Bradesco, outra no 26 após o trevo de acesso ao Manso e a terceira antes do perímetro urbano de Chapada dos Guimarães no km 51.
Segundo o Governo, a tarifa será de R$ 4,10 proporcional à extensão percorrida onde obtém uma média por quilômetro de R$ 0,25. Nos feriados e finais de semana, o valor sobe para R$ 6,60. De acordo com o Governo, o conceito de ingresso será adotado na tarifa cobrada entre os quilômetros 16 e 61, que contempla as belezas naturais do Parque.
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