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Saúde
Sábado - 25 de Janeiro de 2014 às 22:11

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Suplementos de vitamina D não alteram o risco de enfarte ou outras doenças cardiovasculares
Suplementos de vitamina D não alteram o risco de enfarte ou outras doenças cardiovasculares

Os cientistas analisaram 100 pacientes e descobriram que não houve diminuição significativa do risco em qualquer áre do corpo humano com a ingestão da vitamina.

Mas eles acrescentaram que mais pesquisas são necessárias para comprovar as descobertas.

Os pesquisadores também alertaram que grupos de risco, como bebês, mulheres grávidas e idosos, ainda são aconselhados.

a tomar o medicamento.

A equipe responsável pela pesquisa já havia anteriormente realizado uma análise que mostrou que os suplementos de vitamina D não tiveram efeito significativo nos ossos.

Na ocasião, eles fizeram um estudo detalhado de testes clínicos aleatórios de ingestão de vitamina D, com ou sem cálcio.

Ao final, no entanto, eles descobriram que os suplementos de vitamina D não alteram significativamente o risco de enfarte ou outras doenças cardiovasculares, derrame cerebral, câncer e fraturas.

Excesso de vitaminas pode gerar risco para a saúde

De acordo com cientistas, pacientes hospitalizados que ingeriram a substância apresentaram um risco de fratura dos quadris inferior a 15%, patamar considerado baixo para justificar a ingestão da vitamina D.

A mesma pesquisa foi feita com pacientes saudáveis. Quando eles tomaram cálcio, também não apresentaram nenhum fortalecimento dos ossos.

O estudo afirmou que não há certeza se a vitamina D com ou sem cálcio reduzem o risco de morte.

Os autores do estudo comentam sobre os resultados.

— De acordo com as nossas descobertas, há pouca ou nenhuma razão para prescrever suplementos de vitamina D para prevenir enfarte ou doença de coração como AVC (acidente vascular cerebral) ou doenças cerebrais, câncer, ou fraturas, e muito menos reduzem o risco de morte.

As fontes de vitamina D mais comuns são os óleos de fígado de peixes e alimentos derivados do leite, como manteiga e queijos gordurosos, além da exposição ao sol.

Cautela

Karl Michaelsson, do departamento de ciências cirúrgicas da Universidade de Uppsala na Suécia afirma entretanto, que ainda há um debate sobre os eventuais benefícios de saúde envolvendo a ingestão de suplementos em casos de deficiência de vitamina D.

— A impressão que muitas pessoas têm é que altas doses de vitamina D ajudam a melhorar a saúde.

Para o pesquisador, enquanto não houver informações suficientes que justifiquem os benefícios, o melhor a fazer é manter cautela em relação à ingestão da substância.

Enquanto alguns especialistas em nutrição afirmam que a falta da vitamina é responsável por inúmeras doenças, como fraturas, câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, outros dizem que a deficiência é, na verdade, o resultado da deterioração da saúde de um indivíduo.

Para Colin Michie, consultor em pediatria e presidente do comitê de nutrição da Royal College of Paediatrics and Child Health, o estudo comprova que a vitamina D pode até gerar benefícios, mas eles não são tão relevantes. Michie, entretanto, recomenda cautela dos médicos, bem como dos pacientes.

Michaelsson avisa sobre a conduta dos médicos.

— Os médicos não devem sair pedindo exames de sangue para detectar uma possível carência da vitamina no organismo dos pacientes.

O especialista ainda acrescenta que, em vez disso, as pessoas saudáveis têm de comer mais peixe, prestar atenção à sua dieta e a seu estilo de vida.

Entre os que apresentam maior insuficiência de vitamina D, estão as crianças abaixo de cinco anos, mulheres grávidas e em fase de amamentação e idosos com mais de 65 anos, além das pessoas que têm pouca exposição ao sol.

Recentemente, estudos mostraram que indivíduos com a pele mais escura, tais como africanos, caribenhos e asiáticos naturais do Sudeste da Ásia, ou mesmo pessoas que usem roupas que cobrem todo o corpo, além daquelas com pele mais pálida, também se incluem no grupo de risco.





Fonte: BBC Brasil

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