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Saúde
Terça - 15 de Abril de 2014 às 08:41
Por: ALECY ALVES

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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou nesta segunda-feira, 14, que está monitorando como suspeita de dengue hemorrágica a morte do caixa de posto de combustível Eduardo Reis da Silva, de 53 anos, ocorrida na quinta-feira. 

A previsão da secretaria é que o resultado do exame laboratorial definitivo saia esta semana, até o dia 17. De acordo com a família, por duas vezes, antes da internação e durante o tratamento hospitalar, Eduardo foi diagnosticado com a doença. 

Ele passou cerca de 10 dias internado e morreu na UTI do Hospital Geral. Para a família dele, não há dúvida de que a morte ocorreu por dengue, agravada pelo descaso no atendimento. 

A mulher de Eduardo, Odete Aparecida Borges, contou que na primeira que o marido procurou uma unidade de saúde, a Policlínica do Coxipo, fez exame e confirmou ser dengue. Isso aconteceu no dia 26 de março. 

Nessa data, Eduardo recebeu atendimento e logo depois foi liberado para voltar para casa. No dia seguinte, sem apresentar qualquer melhora, dona Odete decidiu procurar uma unidade privada de saúde. 

No Hospital São Judas Tadeu, conta, o diagnóstico foi o mesmo. Como a doença já havia se agravado, o hospital o encaminhou a UPA Morada do Ouro. A família não tinha condições financeiras de interná-lo em um hospital privado. 

“Na UPA o descaso foi total. Meu marido, mesmo em estado grave, não teve prioridade no atendimento. Chegamos pela manhã e ele só foi atendido no final da tarde”, denuncia Odete Borges. De acordo com ela, Eduardo ficou internado na UPA, de onde somente saiu quando já estava com sangramentos. 

“Ele sangrava por todos os lados quando o levaram para o Pronto Socorro Municipal, onde também não ficou em UTI”, relata, indignada. “Na UPA, eu precisava implorar para as enfermeiras e médicos irem vê-lo, ele já quase morrendo”, desabafa. 

No domingo, por exemplo, detalha, o médico não passou em visita durante o dia todo. A visita só aconteceu quando já passava da meia noite e o paciente sangrava, um médico o avaliou. “Um descaso total, não dá nem para descrever tudo que passamos”, completa. 

A assessoria de imprensa da SMS informou que está aguardando informações sobre o atendimento e procedimentos adotados na UPA para responder à denúncia da família. No Pronto Socorro, informou a assessoria, não havia vaga para interná-lo em UTI. E pelo mesmo motivo, falta de vaga, a transferência dele para hospital conveniado ao SUS não aconteceu de imediato. 

CORREÇÃO – Na edição de sábado(12), o nome de Eduardo saiu trocado por uma confusão de identidades. Ao invés dele, a reportagem trouxe o nome do filho, Vinícius Borges da Silva. O Diário pede desculpas família e aos leitores.





Fonte: Do Diário de Cuiabá

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