Prefeito lamenta decisão de vereadores e trabalha para minimizar efeitos

Em entrevista ao DS ontem, o prefeito Júlio Florindo lamenta a decisão dos vereadores e questiona como ele estaria superfaturando o valor dos maquinários.

“Se existe erro na licitação, então caberia a eles [os vereadores] fazer uma investigação na Justiça para investigar que erro é esse”.

O prefeito diz que recebeu essa decisão ainda na semana passada, porém só paralisou os maquinários hoje por causa de cláusulas contratuais. “Fizemos a licitação, elaboramos o contrato e recebemos os veículos. Posteriormente à decisão da Câmara comuniquei a empresa da licitação da decisão de cancelamento da homologação da licitação, e em resposta a essa comunicação, a empresa nos colocou que teremos que tomar providências jurídicas” comentou o prefeito dizendo que até que essas providências legais sejam tomadas o maquinário ficará parado para evitar maiores danos e avarias aos equipamentos.

Ele ainda questiona a possibilidade levantada de que ele estaria superfaturando os valores dos veículos. “Em 2005, a gestão da época pagava R$15,11 mil aproximadamente, por cada parcela de um mesmo veículo que hoje, oito anos depois, eu pago aproximadamente R$15,7 mil, por parcela, nesse mesmo contrato de aluguel com doação ao final. Ou seja, há uma diferença de apenas R$600 por parcela num intervalo de oito anos. Que superfaturamento é esse?” questiona o chefe do executivo.

“Quando assumimos, em janeiro de 2013, não tínhamos nenhum veículo rodando na cidade pela prefeitura. Não tínhamos uma pá carregadeira, nem uma patrola, e nem um caminhão. Na verdade nem o ônibus da saúde andava. Para sanar esses problemas, contratamos serviços terceirizados para suprir a demanda: coleta de lixo, transporte dos pacientes da hemodiálise. Somente para estes dois serviços a terceirização estava custando ao município cerca de R$105 mil/mês.

Hoje, os 16 veículos me custam cerca de R$120 mil/mês, entre máquinas e caminhões”, desabafa Florindo que afirma que está cedendo um veículo seu, custeado com dinheiro próprio para transportar os pacientes da hemodiálise para Cuiabá. “Faço isso porque não quero que as pessoas morram”, finaliza o prefeito.