Estado mantém demissão de ex-delegado acusado de tráfico Desde o ano passado, Sottani tenta rever decisão que o demitiu

O Governo do Estado reiterou a demissão do ex-delegado da Polícia Civil, Arnaldo Agostinho Sottani.

A decisão foi assinada (16) pelo governador Silval Barbosa (PMDB) e publicada no Diário Oficial do Estado

Sottani foi demitido da corporação em agosto de 2013, após procedimento administrativo disciplinar provar o envolvimento do policial com roubo de gado em Mato Grosso.

Segundo investigações à época, Sottani não teria investigado o furto de 250 cabeças de gado, na região de Carlinda (762 km ao Norte de Cuiabá), em 2010, por ter, supostamente, recebido propina de um fazendeiro.

Um mês após a demissão, o ex-delegado fez um pedido de reconsideração e, desde então, vem solicitando revisão do processo administrativo.

Neste ano, o pedido, por exemplo, foi negado por duas vezes no mês de março. Uma no dia 10 e outra, no dia 27.

Em justificativa, o governador afirmou seguir as recomendações da Procuradoria Geral do Estado, responsável pela avaliação de todo o processo administrativo a respeito do ex-delegado.

O caso

Segundo investigações à época, Sottani não teria investigado o furto de 250 cabeças de gado, na região de Carlinda, em 2010, por ter, supostamente, recebido propina de um fazendeiro.

Um mês após a demissão, o ex-delegado fez um pedido de reconsideração. O ex-policial justificou o pedido baseando-se no artigo 284 da Lei Complementar nº 407/2010, que diz respeito exatamente à reconsideração, recurso ou revisão.

Em sua negativa ao pedido, a PGE alegou que “ficou devidamente comprovado que o conjunto probatório encontra-se farto e robusto” e que, portanto, não havia necessidade de reparo da decisão tomada anteriormente, principalmente porque Sottani não teria apresentado argumentos novos ou provas capazes de mudar o entendimento da Procuradoria.

“[...] a demissão está escorada na lei, e não merece nenhum reparo”, diz trecho da decisão.

Tráfico de drogas

Além deste procedimento administrativo, o policial já foi investigado por suposto envolvimento com o tráfico de drogas.

Em 2010, como adiantou o MidiaNews, o ex-delegado foi preso em Catalão (GO), pela suspeita de praticar o crime.

Segundo as informações do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) da cidade, Sottani estaria pilotando um avião, que seria arrendado por um amigo. Ao pousar, foi abordado pela Polícia.

O grupo policial afirmou que não encontrou droga no local, mas, ainda assim, deu voz de prisão ao delegado de Mato Grosso.

Por falta de provas, em 2012, a Justiça de Goiás absolveu o policial das acusações.