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Copa 2014
Terça - 01 de Julho de 2014 às 11:58

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A tarde de terça-feira marca a despedida de Bélgica ou Estados Unidos da Copa do Mundo. As seleções medem forças pelas oitavas de final na Arena Fonte Nova, em Salvador, apostando em diferentes estratégias para sobreviver no torneio. Enquanto os belgas utilizam da rotação no time titular a cada jogo, os norte-americanos tiveram escalação praticamente fixa na primeira fase.

Marc Wilmots tem promovido mudanças partida a partida neste Mundial. Com elenco forte em mãos, o técnico mudou todos os setores da Bélgica durante os três jogos da fase de grupos. Mesmo não resultando no futebol vistoso que se esperava da Bélgica, as trocas renderam 100% de aproveitamento e a primeira colocação do grupo H. Ainda assim, a seleção é cobrada pela imprensa local, que reconhece a competitividade, mas questiona o poder de criação e defende que os Red Devils precisam se superar para chegar às quartas de final.

“Meu time titular nunca é o mesmo porque o adversário nunca é igual ao que enfrentamos na partida anterior”, explica Wilmots, que frequentemente diz confiar na força de seus suplentes. Ele manteve apenas quatro jogadores entre os titulares durante a primeira fase e despista possíveis alterações na defesa. “Van Buyten e Lombaerts formam uma boa dupla, com Vertonghen jogando na lateral esquerda. Mas Kompany e Vermaelen já estão se sentindo melhor, estão seguindo o programa de recuperação”, afirma, misterioso.

Apesar do rodízio, Eden Hazard é sempre a maior esperança de gols. O camisa 10 é o expoente ofensivo belga, mas não correspondeu às expectativas nos últimos jogos: o único lampejo foi a assistência a Origi na vitória sobre a Rússia. “Eden quer fazer mais, ele pode nos trazer mais. Todo mundo sabe disso”, acredita Wilmots. “Então estou apenas esperando para vê-lo. Não tento colocar qualquer pressão sobre ele, mas gostaria que fosse um líder em campo, mesmo que ele tenha apenas 23 anos”, pede o treinador.

Os Estados Unidos, por outro lado, têm empolgado seu torcedor exatamente como se esperava. Mesmo encarando concorrentes difíceis como Gana, Portugal e Alemanha na primeira fase, os norte-americanos apresentaram futebol consistente e disciplinado taticamente. A classificação foi tão festejada que o técnico Jurgen Klinsmann pediu para que seus comandados adiassem as passagens de volta.

Para não amargar voo para casa ainda nesta semana, porém, os EUA precisam melhorar alguns detalhes na marcação. O que se viu no duelo contra a Alemanha foi um time disposto e aplicado taticamente, postura que é resultado da manutenção da base da equipe durante toda a fase de grupos. Ainda assim, os norte-americanos são suscetíveis a invertidas de bola e frágeis pelos lados do campo.

Faltou também uma referência no ataque, mas este problema parece ser mais simples de resolver. O centroavante Altidore está recuperado e voltou a treinar após lesionar-se ainda na estreia neste Mundial. Desde então, Klinsmann tem improvisado o meia Dempsey no comando de ataque e a equipe perdeu qualidade na armação. Com o reforço, o técnico pode recuar o camisa 8 para a criação e aproximar o meio-campo do ataque.

É por quatro dias a mais no Brasil que Bélgica e Estados Unidos medem forças nesta terça-feira. O vencedor volta a campo no sábado, para tentar novamente estender a estadia contra o vencedor de Argentina x Suíça.

EUA têm maior quilometragem – A equipe norte-americana é a classificada que mais viajou na primeira fase da Copa do Mundo, com 14,1 mil km percorridos. Os belgas, por outro lado, foram os que menos precisaram se deslocar no Mundial, viajando menos de 2 mil km. A diferença pode refletir em melhor condições físicas dos europeus.





Fonte: Gazeta Esportiva

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