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Quarta - 02 de Julho de 2014 às 16:37

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Reprodução/Facebook
Facebook
Facebook "manipulou" o feed de notícias de quase 700 mil internautas para experimento

Autoridades britânicas estão investigando se o Facebook violou leis de proteção de dados ao realizar um estudo psicológico sobre usuários sem o consentimento deles.

No teste, o Facebook "manipulou" o feed de notícias de quase 700 mil internautas para controlar as emoções às quais eram expostos.

O Escritório do Comissário de Informações (ICO, na sigla em inglês), órgão responsável por garantir a privacidade de informações sobre os cidadãos do país, informou que pretende questionar o Facebook sobre o estudo.

A empresa disse que garantiu "proteção apropriada" para as informação das pessoas.

O diretor do Facebook na Europa, Richard Allen, disse que responderá "com prazer" às dúvidas que reguladores possam ter.

A sede europeia da empresa fica em Dublin, na República da Irlanda.

De acordo com os jornais Financial Times e The Register, o ICO disse que entraria em contato com o órgão irlandês de proteção de dados sobre a questão.

Teste emocional

A pesquisa foi realizada em colaboração com as universidades de Cornell e da Califórnia, em São Francisco. O experimento durou uma semana em 2012 e as "cobaias" foram 689 mil usuários da rede.

De acordo com o relatório sobre o estudo, "a experiência manipulou o quanto as pessoas foram expostas a diferentes emoções em seu feed de notícias".

O estudo descobriu que quanto mais histórias negativas os usuários recebiam, mas propensos ficavam a escrever um post negativo, e vice-versa.

A pesquisa foi feita para avaliar se a exposição a diferentes emoções levava os internautas a mudar seus próprios comportamentos de postagem.

O estudo foi criticado duramente por ter sido realizado sem o conhecimento ou aval dos usuários.

'Melhorar processos'

O Facebook defende a pesquisa e afirma que não houve coleta desnecessária de dados pessoais.

— Nenhum dos dados utilizados foi associado com o relato de uma conta específica no Facebook. Está claro que as pessoas ficaram chateadas e assumimos a responsabilidade por isso. Estamos melhorando nossos processos com base nessas opiniões.

Um dos autores do estudo, Adam Kramer, também do Facebook, admitiu que a empresa não expressou claramente suas intenções ao fazer a pesquisa.

— Posso entender a razão por que algumas pessoas estão preocupadas. Eu e os outros coautores lamentamos a forma como o experimento foi descrito e qualquer ansiedade causada por ele.





Fonte: BBC Brasil

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