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Quarta - 16 de Julho de 2014 às 20:29

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No decorrer das investigações que resultaram na prisão de dois vereadores de Nova Ubiratã, a 506 km de Cuiabá, nesta quarta-feira (13), a polícia descobriu que a quadrilha de tráfico de drogas teria encomendado o assassinato de dois policiais militares. De acordo com o delegado da Polícia Civil, Valter de Mello, a organização criminosa foi desmantelada por policiais militares que atuam na cidade e, por isso, havia interesse dos traficantes na remoção dos PMs e até na morte deles.

Os vereadores Reinaldo de Freitas e José Itamar Marcondes, detidos durante operação do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), negaram os crimes e alegaram que pediram a remoção dos policiais porque eles estariam cobrando propina na cidade.

O homem que havia sido procurado por um traficante preso no início deste ano, por intermédio de um dos vereadores, para fazer o 'serviço' foi ouvido pela polícia durante as investigações. "Ele confirmou ter sido chamado para cometer o crime de pistolagem, mas alegou ter recusado", afirmou o delegado. Ele tem várias passagens criminais, inclusive por homicídio.

Após ser preso, um dos integrantes do grupo contou à Polícia Civil sobre o envolvimento dos vereadores, que seriam os responsáveis por dar suporte à quadrilha, cuja 'base' funcionava em um salão de beleza de fachada. O estabelecimento era comandado por um traficante de Cuiabá, que teria sido levado para a cidade por um dos parlamentares presos com a intenção de vender drogas na região.

O rapaz que havia dado informações à polícia sobre o esquema teria sido coagido na prisão por dois advogados. Por tráfico de influência, esses advogados foram presos neste ano. "Tentaram fazer com que ele mudasse o depoimento", disse o delegado. Depois disso, o outro traficante responsável pelo salão de beleza de fachada também foi detido.

"Os vereadores tentaram usar da influência política para tirá-lo da prisão e ainda tentaram retirar os policiais militares que tinham feito a detenção dele. Os PMs sofreram persguição política para parar o trabalho", contou o delegado. No salão de beleza de fachada a polícia encontrou produtos usados para o refino da droga para a comercialização da pasta base de cocaína.

Além da PM, a Promotoria de Justiça do município já havia recebido várias denúncias de que adolescentes estariam traficando drogas na cidade. Esses adolescentes eram supostamente aliciados para o crime. Pelo menos seis menores de idade estariam envolvidos com a quadrilha.

Os vereadores tiverem os sigilos bancário e telefônicos quebrados. Nas interceptações, a polícia comprovou a relação deles com os traficantes. "Eles usavam expressões como camiseta e cerveja para se referir à droga na tentativa de evitar que fossem descobertos", comentou Mello.





Fonte: Do G1 MT

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