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Quarta - 03 de Outubro de 2012 às 10:09
Por: HELSON FRANÇA

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Em visita a Cuiabá para reforçar a campanha de Lúdio Cabral (PT) à prefeitura da Capital, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, reconheceu que o partido cometeu erros, se referindo ao Mensalão, porém criticou o fato do julgamento – onde 22 dos 37 réus já foram condenados – estar sendo usado de forma eleitoreira, para atingir candidatos do PT.

“Aconteceram problemas, de fato. Houve uma ajuda partidária, da qual nos penitenciamos. Mas é preciso separar as coisas. Estão tentando, de forma rasteira, usar o julgamento para prejudicar nossos candidatos. Nós [do PT] temos que respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal, mas também nos reservamos ao direito de discordar do uso político que se faz dele”.

Considerado uma das lideranças históricas do Partido dos Trabalhadores, Carvalho, tido como o braço-direito da presidente Dilma Rousseff (PT), acompanhava de perto também os passos do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “O ministro atuou ao lado de Lula todos os dias, durante os dois mandatos do ex-presidente”, ressaltou Lúdio.

Apesar de reconhecer os erros do partido que culminaram no “escândalo do Mensalão”, classificado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, como “o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e de desvio de dinheiro público feito no Brasil”, Carvalho saiu em defesa do ex-presidente.

“Lula nunca precisou comprar votos, nem para conseguir aprovação de projetos, nem para se eleger”. O ex-presidente tem aparecido frequentemente nos programas eleitorais e em inserções na TV, pedindo votos para Lúdio.

Carvalho ainda atribuiu a Lula o fato da compra de votos não ter caído no esquecimento. “Só existe o julgamento do Mensalão porque o Lula fez com que as instituições funcionassem, como a Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal - que precisou ‘cortar na própria carne muitas vezes’ - e a Corregedoria Geral da República, por exemplo”.

O ministro também atacou os presidentes anteriores a Lula – Fernando Henrique Cardoso, em especial - que, segundo ele, teriam sido coniventes com grandes escândalos de corrupção.

“Por que a compra de votos do Fernando Henrique Cardoso não foi parar nos tribunais? Por que as privatizações inconsequentes não pararam nos tribunais? É porque, naquele tempo, as instituições responsáveis não funcionavam”.




Fonte: DO DC

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