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Terça - 05 de Agosto de 2014 às 08:59

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Reprodução/Internet

O comportamento do ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB), que conversa abertamente com membros da coligação "Coragem e Atitude pra Mudar", do senador Pedro Taques (PDT), contraria o posicionamento da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e já acendeu sinal de alerta na cúpula em Brasília. De acordo com informações apuradas pelo Olhar Direto, o PT acompanha de perto os passos do ministro peemdebista em Mato Grosso e já prepara uma reação.

O presidente da sigla, Rui Falcão, já teria informado o Palácio Paiaguás que a decisão do PT é muito clara em relação a participação da presidenta Dilma Rousseff na campanha eleitoral no estado: a candidata não subirá em outro palanque que não seja o do seu correligionário, Lúdio Cabral.

O comunicado do presidente petista coloca em xeque o discurso de Geller, que ao se explicar sobre uma possível reunião realizada na casa do senador Pedro Taques, na última quinta-feira (31), sob o argumento que articulava junto aos progressistas Carlos Fávaro, vice de Taques, e Eraí Maggi, apoio político para a reeleição da presidenta.

É ainda um balde de água fria nas pretensões do empresário Eraí Maggi, que tenta sustentar a presença de Dilma no palanque de Pedro Taques. Nacionalmente, o PDT e o PP são aliados de Dilma, mas em Mato Grosso a decisão não foi verticalizada. Além disso, Taques tem no seu arco de aliança o PSDB, que tem Aécio Neves candidato a presidente, e o PSB, que lançou Eduardo Campos e Marina Silva.

Nos seus mais de três anos de mandato, Taques atuou incisivamente como opositor de Dilma no Congresso, cobrando publicamente em algumas oportunidades que seu partido deixasse a base do governo. Essa postura tornou o senador mato-grossense um dos principais desafetos da presidenta petista.

"O ministro se complicou muito. Afrontou não só o seu partido, o PMDB, como também o PT. A candidatura de Lúdio ao governo do Estado é o espelho da aliança nacional entre os dois partidos. Não tem lógica nenhuma que um ministro que foi indicado partidariamente se comporte dessa forma. Ele não tem o aval da Dilma para buscar apoios no grupo de Pedro Taques", informou uma fonte do alto escalão do PT mato-grossense.

Lúdio Cabral ainda não fez nenhum comentário quanto ao mérito do problema e espera uma conversa urgente, frente-a-frente com o ministro, que faz parte do seu conselho político. Esse encontro deve acontecer nesta terça-feira (05), dia de atividade parlamentar em Brasília.

O presidente estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, já avisou que o conselho político da cúpula do seu partido vai avaliar o caso de Geller. Para Bezerra, ao se negar a declarar voto em Lúdio Cabral, candidato preferencial de Dilma, e que tem a peemedebista Teté Bezerra como vice, o ministro desrespeitou o partido.

"Isso é muito grave, cabe expulsão. Um ministro que foi uma indicação partidária não pode se negar a declarar o voto no candidato do partido. É um absurdo", declarou Bezerra no último final de semana.

O fato deve inserir definitivamente o reforço do governador Silval Barbosa na campanha de Lúdio Cabral, especialmente após a boa ressaca da Copa do Mundo de Futebol, que amenizou a rejeição ao governo. Vencer em Mato Grosso vai ser prioridade de Dilma.





Fonte: Olhar Direto

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