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Politica Brasil
Terça - 05 de Agosto de 2014 às 21:16

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) evitou nesta terça-feira (5) fazer críticas ao governo do Estado de São Paulo, comandado há 20 anos por seu partido, em relação aos problemas de abastecimento de água causado pela estiagem. Ele disse que o Estado enfrenta uma "seca enorme", falou sobre a imprevisibilidade das condições climáticas e da perspectiva de que a chegada da temporada de chuvas equilibre a situação.

— O governo calcula que [o sistema Cantareira] terá água para abastecer metade da cidade de São Paulo - a outra metade são outras fontes - até março do ano que vem. Aposta-se que vai chover, mas aposta-se. Não se sabe se vai chover ou não vai chover.

FHC participou de uma palestra sobre desenvolvimento sustentável em evento da Greenbuilding Brasil, uma ONG que visa fomentar a construção de edifícios ecologicamente sustentáveis. O ex-presidente ressaltou que a água é um bem "relativamente escasso" e que "não depende de nós, depende de chover".

Sem fazer comentários sobre a forma como o governador Geraldo Alckmin lida com a crise hídrica no Estado, FHC argumentou que a decisão de não decretar racionamento tem respaldo de técnicos. Ele afirmou, no entanto, que há necessidade de se pensar em investimentos de médio prazo e em processos de reutilização da água.

— Aqui [em São Paulo], o que precisa é fazer mais, mas foi feito muita coisa. É que no futuro vai ter de interligar mais as bacias, tem de olhar para o longo prazo. Mas isso não é uma coisa que se faça do dia para a noite, precisa de mais planejamento. O que se pode fazer, e imagino que o governo já esteja fazendo, é pensar no reúso da água.

O ex-presidente apoia o programa de bônus do governo do Estado para quem economizar água no período de crise e lembrou dos tempos de racionamento de energia durante seu governo quando, segundo ele, "parou de chover de repente". FHC disse que o racionamento e o incentivo à economia evitaram o blecaute no início da década passada, assim como São Paulo evita no momento o "racionamento imposto".

— Nós custamos a entender que boa parte dos problemas não diz respeito a fazer novas construções, mas a poupar o que já existe.





Fonte: Agência Estado

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