Mercedes-Benz GLA é musculoso por fora e dócil por dentro Modelo deve equipamentos como GPS e bancos elétricos na versão inicial, de R$ 132.900
O responsável por tirar esse atraso será o GLA, jipinho que chega ao Brasil em outubro importado da Alemanha e, a partir de 2016, passa a ser produzido ao lado do Classe C na fábrica que a montadora está erguendo em Iracemápolis, no interior de São Paulo.
Neste primeiro momento, o carro virá em três versões, todas equipadas com o valente 1.6 turbo de 156 cv e câmbio de sete marchas com dupla embreagem, com preços entre R$ 132.900 e R$ 152.900. Em 2015, duas opções mais potentes chegam às lojas, entre elas a 45 AMG, "apimentada" pela divisão esportiva da Mercedes.
R7 Carros testou o modelo na versão intermediária (200 Vision, de R$ 149.900), que segundo a Mercedes vai liderar as vendas, em um trajeto urbano e rodoviário entre as cidades de Piracicaba, Iracemápolis e Campinas.
Externamente, o visual "parrudo" do GLA esbanja personalidade, ainda que replique o estilo dos últimos lançamentos da marca, sobretudo nas formas dianteira e nos vincos laterais. Na traseira, a esportividade é reforçada por ombros proeminentes que realçam as lanternas, e pela dupla saída de escape.
O acabamento da cabine tem padrão premium (ou seja, ótimo), com peças em alumínio e revestimentos emborrachados no painel. Porém, não espere surpresas: as cinco saídas circulares de ar, o volante multifuncional de três raios e até o sistema de som são derivados de outros modelos da marca.
Ao volante, o motorista tem ajustes elétricos do banco e central multimídia com GPS e tela integrada ao painel. Ambos os itens, assim como o teto solar panorâmico, são oferecidos apenas a partir da versão intermediária.
Apesar disso, a lista de itens de série é ampla e inclui direção elétrica progressiva, sistema de estacionamento (Parking Assist), controle de cruzeiro com limitador de velocidade, função Start&Stop, sete air bags (dianteiros, laterais, de cortina e para os joelhos do motorista) e sensor de chuva.
Na estrada, o GLA tem desempenho satisfatório e bom comportamento dinâmico, com retomadas vigorosas, direção precisa e pouca oscilação em curvas — graças aos recursos eletrônicos e à carroceria baixa e larga.
O câmbio de sete marchas com dupla embreagem atua de forma suave, com opção de trocas manuais ao volante. No modo econômico, o giro do motor estabiliza em pouco mais de 2 mil rotações a 120 km/h, o que contribuiu para o consumo menor e reduz os ruídos internos.
Espaço interno traseiro surpreendeu; porta-malas leva 421 litrosDivulgação
Nos trechos urbanos, o jipinho absorve bem as crateras do asfalto e passa incólume por lombadas e valetas. Porém, o lag (atraso) do turbo anula parte da força dos 25,5 kgfm de torque, que é liberado a baixos 1.250 rpm.
O espaço interno, por sua vez, surpreendeu. Na frente o espaço é amplo para as pernas e, atrás, os passageiros tem espaço de sobra para joelhos e cabeças. No porta-malas cabem 421 litros — 836 litros com os bancos rebatidos.
Nota máxima no teste de colisão do Euro NCAP, o jipinho investiu em segurança e traz de série freios adaptativos (ABR); controle de estabilidade (ESP); distribuição eletrônica de frenagem (EBD); sistema anti-bloqueio (ABS); controle de tração (ASR), assistente de frenagem de emergência (BAS) e assistente de saída na ladeiras (HSA).
Além disso, há ainda a função HOLD, que imobiliza o carro em paradas curtas, como nos semáforos, sem que o motorista precise pressionar o pedal do freio, e o Attention Assist, que alerta o condutor em caso de sonolência e sugere um pitstop para um café.
O GLA chegou com atraso à frota da Mercedes, mas nem por isso sua responsabilidade será menor: espera-se que o modelo seja o segundo mais vendido da marca no Brasil, atrás apenas da Classe C, com produção estimada em 10 mil unidades. Confortável, ágil, seguro e bem ajustado, a novidade promete dar trabalho aos rivais.
*Viagem a convite da Mercedes-Benz do Brasil
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