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Quinta - 23 de Outubro de 2014 às 14:53

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O senador Blairo Maggi (PR) afirmou, nesta terça-feira (21), que, caso vença a disputa presidencial, o candidato Aécio Neves (PSDB) "sacrificará" o setor do agronegócio.

Aliado de Dilma Rousseff (PT), o senador trabalha pela reeleição da presidenta e ressalta os avanços do segmento obtidos nos governos petistas.

“Não tenho dúvida nenhuma que ele sacrificaria a agricultura, em primeiro lugar, para conseguir atingir os índices da economia que ele projeta. Eles vão patrolar a gente, não tenho dúvida disso, porque já fizeram isso no passado. Com uma possível vitória do Aécio, teríamos um governo mais monetarista, focado nos controles de inflação, em cortes de linhas de crédito de bancos mundiais”, afirmou ao MidiaNews.

"Não tenho dúvida nenhuma que ele sacrificaria a agricultura em primeiro lugar para conseguir atingir os índices da economia. Eles vão patrolar a gente, não tenho dúvida disso, porque já fizeram isso no passado" Para Maggi, com objetivo de atingir índices da economia, o tucano poderá começar seu governo cortando, por exemplo, os subsídios oferecidos ao setor.

“O que eu quero dizer é que, se para conseguir os índices da economia tiver que aumentar as taxas de juros para os produtores rurais, e acabar com os programas de subsídios, eles farão isso imediatamente, não tenho dúvida disso”, disse.

Segundo Blairo, a gestão de Dilma deu continuidade ao suporte ao agronegócio, implantado desde a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O governo da presidente Dilma e do PT é mais focado para o interior, é um governo mais da base, mais plural. E são essas são as diferenças em relação à forma de governar com o PSDB. Se houver a troca de comando, vai haver mudanças na política. Mas, obviamente, que temos que dançar conforme a música, se trocar o governo a gente se adapta e vai embora, mas as coisas serão bem diferentes”, afirmou.

“O setor, notadamente, está organizado em Mato Grosso. Os fundos setoriais e as associações tiveram uma importância grande nisso e encontrou no Governo Dilma um terreno fértil para a participação dessas associações dentro do governo. Então, foi um caminho de mão dupla. O pessoal se organizou, mas do outro lado encontrou um governo disposto a conversar, disposto a dar atenção”, disse.

Para o senador, a presidente desenvolveu um trabalho de “ajuda” para o setor que impulsiona a economia do Estado.

“Sempre tivemos problemas aqui, como deficiências de preços internacionais muito baixos. Mas o Governo fez o seu papel na hora certa, fazendo com que os preços ficassem mais reprimidos, evitando um processo de desestruturação da cadeia produtiva”, disse.

“Por todos esses motivos, apoio e voto na presidente Dilma. Para dar continuidade nesses avanços que estão acontecendo em Mato Grosso, como na infraestrutura, por exemplo”, afirmou.

Ministro mato-grossense

Blairo ainda destacou a participação do ministro da Agricultura Neri Geller (PMDB).

"O Neri está desempenhando um papel muito interessante. É um ministro muito ativo e presente, conseguiu entender a máquina pública e faz os enfrentamentos necessários dentro do próprio governo"

Para ele, a indicação do mato-grossense foi uma forma de “reconhecimento” de Mato Grosso pela presidente Dilma.

“Houve um reconhecimento por parte da presidente ao maior Estado agrícola do país e que, há mais de 20 anos, não tinha um ministro no governo. O último foi o ex-governador Dante de Oliveira. De lá para cá, não tivemos nenhuma representante no primeiro escalão”, afirmou.

Para Blairo, Geller vem desenvolvendo um trabalho relevante no ministério e está “cacifado” para continuar no cargo, caso a presidente Dilma seja reeleita.

“Ele chegou com um apoio forte do partido dele e de outros partidos. E está desempenhando um papel muito interessante. É um ministro muito ativo e presente, conseguiu entender a máquina pública e faz os enfrentamentos necessários dentro do próprio governo, porque os enfrentamentos maiores são sempre dentro próprio Governo. Porque o ministro da Agricultura não é o da Fazenda, não tem a chave do cofre. Quem tem a chave é a Fazenda, e quem determina se pode pagar ou não é o Planejamento. Mas ele, como ministro, tem procurado fazer o trabalho de enfrentamento de forma a conseguir as verbas necessárias ao setor”, disse o senador.





Fonte: Mídia News

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