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Quinta - 04 de Dezembro de 2014 às 09:29

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A sete dias da data escolhida pra as eleições do Ministério Púbico Estadual de Mato Grosso, a disputa pela chefia do órgão já está praticamente selada. Dos 212 promotores e procuradores, 159 já efetuaram o voto através das sobrecartas sobrando apenas 63 “em aberto”, menos de 30%, dos quais a maioria já tem “endereço certo”.

O voto através de sobrecarta é utilizado pelos promotores do interior do estado. Com 30 dias de antecedência da data de eleição – 10 de dezembro -, as sobrecartas são enviadas aos promotores. Eles a preenchem e enviam de volta, lacradas. Elas são abertas no dia da eleição, quando são misturadas aos votos presenciais ainda antes da apuração. Até às 15h30 de quarta-feira (03/12), 159 desses votos já haviam chegado na sede do Ministério Público em Cuiabá.

Concorrem ao cargo máximo da instituição o atual procurador-geral, o procurador Paulo Prado, o ex-corregedor Edmilson da Costa, e os promotores Vinicius Gahyva e Mauro Zaque. Dos quatro nomes, três irão compor uma listra tríplice, a qual será enviada no primeiro dia útil de 2015 ao governador eleito Pero Taques (PDT). O chefe do Executivo Estadual tem a prerrogativa de escolher qualquer um dos nomes da lista, mas comumente o mais votado é o escolhido.

A expectativa é que Prado seja o mais votado. Prado já ocupou esse mesmo cargo entre 2005 e 2009, tendo voltado a chefia no biênio 2013/2014. Nesse meio tempo, ele ainda ocupou o cargo de corregedor geral nos anos de 2011 e 2012. Nos quatro anos em que Prado ficou fora do comando, Marcelo Ferra, o qual pertence ao mesmo grupo político dentro do Ministério Público, foi o procurador Geral de Justiça.

Nos bastidores, Prado tem sido atacado por adversários para que o governador eleito se veja na necessidade de invocar a prerrogativa de escolher um nome da lista tríplice mesmo não tendo sido o mais votado. Contudo, o grupo de Prado trabalha para conseguir maioria absoluta dos votos, a fim de deixar claro a vontade da categoria de mantê-lo como gestor do Ministério Público em Mato Grosso.

Edmilson da Costa, que além de ex-corregedor é membro do atual Conselho Superior do MP, possui carreira sólida e também é conhecido no Estado. Contudo, deve ter uma disputa acirrada com Vinicius Gahyva pelos votos de oposição no interior de Mato Grosso. Já Mauro Zaque detém grande prestígio em Cuiabá. Do núcleo de Probidade Administrativa e Patrimônio Público, ele atuou em casos como “Escândalo dos Maquinários”, maior crise de corrupção da gestão Blairo Maggi (PR), além de ter tido participação na Operação Arca de Noé, que resultou na prisão do bicheiro João Arcanjo Ribeiro.





Fonte: Olhar Direto

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