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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Sexta - 19 de Dezembro de 2014 às 23:34

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O número de pessoas que sofrerão de fome pode ultrapassar um milhão até março de 2015 nos países mais afetados pela epidemia de ebola, Guiné, Libéria e Serra Leoa, alertaram nesta terça-feira dois organismos da ONU.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), ambos com sede em Roma, disseram hoje que as repercussões da doença podem ser devastadoras nos três países, que já enfrentam uma situação de insegurança alimentícia crônica.

Os organismos explicaram como o fechamento de fronteiras, as quarentenas, as proibições de caça e outras restrições obstaculizam seriamente o acesso da população aos alimentos, o que põe em perigo seus meios de subsistência.

Além disso, destacaram que estas circunstâncias "estão prejudicando os mercados de alimentos e as cadeias de processamento e agravam a escassez derivada das perdas agrícolas nas zonas com maiores índices de infecção do vírus do ebola".

"A perda de produtividade e de renda das famílias em função das mortes e doenças relacionadas com o ebola e ao absentismo laboral por temor ao contágio se somam à desaceleração econômica dos três países", disse os relatórios dos organismos da ONU.

"O surto evidenciou a vulnerabilidade dos atuais sistemas de produção de alimentos e das cadeias de valor nos países afetados", afirmou o subdiretor-general da FAO e representante regional para a África, Bukar Tijani.

Tijani pediu uma "intervenção urgente para superar os transtornos sofridos pela agricultura e mercado e as repercussões imediatas nos meios de subsistência, que podem produzir uma crise de segurança alimentar".

Estimativas da FAO e da PMA indicam que 230 mil pessoas sofrem de insegurança alimentar na Guiné em função dos problemas gerados pelo ebola. Até março de 2015, este número pode subir para 470 mil.

Na Libéria, calcula-se que atualmente 170 mil pessoas estão ameaçadas, número que pode chegar até 300 mil em março do ano que vem.

E em Serra Leoa 120 mil pessoas estão em uma situação de insegurança alimentar, número que pode subir para 280 mil até março de 2015.





Fonte: EFE

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