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Internacional
Terça - 27 de Janeiro de 2015 às 09:30

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Os judeus foram as principais vítimas do nazismo
Os judeus foram as principais vítimas do nazismo

No dia 27 de janeiro de 1945, após longos anos de sofrimento e perseguição, milhares de prisioneiros da Alemanha nazista tiveram a primeira chama de esperança em meio ao que seria denominado mais tarde como Holocausto. Auschwitz foi o verdadeiro inferno na terra: lama, chuva, doença, trabalho forçado e morte se misturavam em um dos piores campos de concentração na história da humanidade.

A faísca de liberdade em Auschwitz, na Polônia, teve início com a chegada dos Exércitos soviéticos que pouco a pouco avançavam pelo leste na luta contra o governo nazista de Adolf Hitler. A libertação dos presos foi um marco na marcha internacional pelo fim do fascismo, somente em Auschwitz estima-se que mais de 1 milhão de pessoas foram executadas.

A maioria das vítimas no campo de concentração era judia, entretanto, poloneses, ciganos, testemunhas de jeová e ativistas de esquerda também estavam entre os prisioneiros.

Estima-se que até a derrota do Terceiro Reich, governo alemão fundado por Adolf Hitler, os nazistas assassinaram cerca de 5,5 milhões de judeus, aproximadamente a metade dos 11 milhões que planejaram eliminar na Conferência de Wannsee, realizada em janeiro de 1942, na qual se planificou a chamada "solução final".

Além dos judeus, as cerimônias de hoje lembraram outros grupos perseguidos pelo Terceiro Reich, como homossexuais, ciganos, presos políticos e doentes com problemas psíquicos ou físicos.

Memória

Há 15 anos, o dia 27 de janeiro foi declarado o Dia da Memória das Vítimas do Holocausto para lembrar as vítimas dos campos de concentração.

Neste ano, para lembrar os 70 anos dessa libertação, o presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, delegações e representantes dos principais países europeus irão participar de uma celebração oficial em frente à Porta da Morte de Auschwitz. Após o encontro, haverá uma homenagem às vítimas em frente ao memorial do bloco 21.

As cerimônias serão transmitidas para todo o mundo e envolverão entidades, instituições e escolas para mostrar o horror do holocausto, sobretudo, para as novas gerações pós-guerra. Além disso, a ideia é recordar e dar testemunho ao mundo do quanto a memória e a consciência do extermínio servem de base para lutar contra todas as formas de discriminação e de racismo.

Além da Polônia, diversas manifestações, mostras, projeções e debates estão programados para várias regiões do mundo. Recordar o horror para não repeti-lo.

Visitar os principais campos de concentração da Polônia — Auschwitz e Birkenau, os mais documentados, e Chelmno e Bèlzec — é um momento para participar de maneira envolvente e emocionante das comemorações de hoje. Todos os anos, mais de 1 milhão de pessoas passam pelas cancelas do campo de Auschwitz e, fazer isso neste ano, tem um significado ainda maior.

Muitas são as empresas e associações especializadas que organizam viagens guiadas à Polônia para que as pessoas conheçam a realidade daquela guerra. A partida, geralmente, é de Cracóvia onde uma passagem obrigatória é entrar no bairro judeu de Kazimierz e também o Museu Judeu. É possível também fazer a visita sozinho, com ônibus e trens que levam até a cidade, diretamente para o centro do campo de concentração. Na compra do ingresso, há também um carro que leva os visitantes, gratuitamente, de Auschwitz para o campo de Birkenau (conhecido como Auschwitz 2), situado a apenas a 4 km.

Na realidade, o principal campo de concentração nazista é resultado da união de outros três locais com a mesma função: Auschwitz 1, Birkenau (Brzezinka, em polonês) e Monowitz (Monowice) — além de outros pequenos campos. Ao todo, o complexo englobava 45 km quadrados de torturas. Se o campo principal era para prender, sendo ativado em 1940, Birkenau era só para o extermínio. Ali, perderam a vida mais de 1,1 milhão de pessoas entre judeus, poloneses, prisioneiros de guerra, homossexuais, opositores políticos e ciganos de toda a Europa.

Ao chegar ao local, o visitante poderá ver uma exposição contemporânea, uma livraria com muitos documentos da época, diversas celas originais e uma câmara de gás. Além disso, é possível conhecer a enfermaria, as barracas, a rampa aonde chegava o trem com os prisioneiros e as fossas comuns. Subindo na torre da guarda, é possível ver a vastidão do campo.

A entrada é gratuita e o visitante só paga se quiser participar de uma visita guiada.





Fonte: Do R7, com agências internacionais

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