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Quinta - 20 de Setembro de 2012 às 14:54
Por: Lucas Bólico

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Lucas Bólico-OD

As Organizações Sociais de Saúde que estão gerindo hospitais no Estado foram um capítulo a parte do debate realizado na noite de ontem entre os seis candidatos a prefeito de Cuiabá no Conselho Regional de Medicina. Todos os postulantes assinaram um projeto de lei de iniciativa popular que visa revogar lei complementar que autoriza o Estado a passar a gestão da Saúde para as OSS.

O candidato mais cobrado pelo tema OSS foi o petista Lúdio Cabral, que sempre se posicionou contra as organizações e nesta eleição conta com o apoio do governador Silval Barbosa (PMDB). Durante a ocasião, o candidato aproveitou para reafirmar sua posição contrária, assinou a lei de iniciativa popular e criticou os adversários que agora se dizem contrários às OSS mas nunca fizeram nada para impedir o processo de terceirização.

“Nosso programa de governo prevê um modelo de gestão pública na Saúde de Cuiabá, especialmente porque eu tenho a posição contrária às OSS a partir da luta que eu fiz ao lado dos movimentos sociais, então essa tentativa de alguns candidatos de me associarem [às OSS] por termos o apoio do governador do Estado é uma tentativa que não tem consistência, porque a gestão que nós vamos implantar em Cuiabá é a gestão pública”, afimrou Cabral

“Esse foi o primeiro diálogo que eu tive com o governador quando o PMDB decidiu me apoiar foi exatamente sobre esse tema e o governador acolheu com respeito a nossa posição. Nós fizemos uma série de movimentos e eu estava em todas as lutas defendendo a gestão pública. Agora, o que não dá para conviver é com candidatos que agora em época de eleição querem defender aquilo que não defenderam quando tiveram oportunidade”, criticou.

Para o empresário Mauro Mendes, a Saúde é o calcanhar de Aquiles do discurso sobre o alinhamento adotado por Lúdio. “A saúde é o ponto fraco deste alinhamento, hoje o Estado tem uma série de incompatibilidades entre o que o governo faz e o candidato [Lúdio] prega. E principalmente na questão das OSS, na questão da gestão, da transparência e de uma série de outros fatores que tornam incompatível e incoerente este discurso”, criticou.

Para Carlos Brito, as fragilidades da defesa do alinhamento não maiores que a questão das OSS. “Não só a saúde, o princípio constitucional republicano já faz as diferenciações nos níveis de governo exatamente para que prevaleça a autonomia a democracia nas suas decisões. Quando se defende o alinhamento como está sendo feito nesse processo eleitoral de maneira bastante efusiva, forte, com autoridades nacionais, do estado, com as maiores autoridades afiançando essa aliança, estabelece-se um novo coronelismo, uma roupagem novas, ou seja, faça o que eu quero senão você não vai ser atendido”, criticou.

Maluf a favor das OSS

Entre os seis candidatos, apenas Guilherme Maluf assumiu ser parcialmente a favor das OSS e admitiu ter votado a favor da lei que permitiu a terceirização da gestão, mesmo assim, assinou o projeto de lei de iniciativa popular proposto pela categoria. O tucano também mandou uma crítica indireta a Lúdio e ao governador. "Não sou favorável a apoio de qualquer forma e custo para ganhar eleição. Existe o jogo político dito por alguns candidatos", avaliou.

Procurador também “bate” em Lúdio

O procurador Mauro também criticou Lúdio após o petista ter dito que era o único ali que havia lutado contra as OSS durante o período de terceirização, ao contrário de só agora aparecem para criticar sem nada ter feito.

O procurador afirmou que tem independência para falar sobre aplicação de recursos públicos. Pois ele e o PSOL não têm financiamento privado e de recursos de detentores de mandato, motivo de força para cumprir as promessas.

"O Lúdio diz que queria ver alguém lutando contra privatização da saúde, mas eu tenho a legitimidade porque o PSOL é contra a privatização. Dizer que é contra, mas ficar junto com quem está privatizando não é legítimo", rebateu.






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