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Educação/Vestibular
Quinta - 20 de Setembro de 2012 às 07:14
Por: Laura Nabuco

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Apesar do fim da greve, as atividades da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) continuam paralisadas pelos próximos 10 dias. Em assembleia realizada ontem, os professores decidiram retomar as aulas em 1º de outubro.

A decisão de retorno às aulas vale para os campi de Cuiabá, Sinop e Barra do Garças, mas ainda deve ser debatida em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) agendada para hoje. No encontro, eles também discutiram a reposição das aulas e o calendário acadêmico. Em Rondonópolis, uma assembleia também decidiu pelo fim da greve, mas não estabeleceu data para o retorno.

Com 127 dias de paralisação, a greve - considerada a maior em tempo e adesão - não rendeu resultados positivos aos professores. Embora tenha rejeitado as duas propostas apresentadas pelo governo Federal ao longo das negociações, a tendência é que a categoria tenha que se contentar com os 25% a 40% de aumento, oferecidos em parcelas até 2015.

Os professores eram contra a oferta sob o argumento de que, se for considerada a inflação, o aumento real não vai passar de 7%. Além disto, o valor será creditado apenas aos professores titulares que possuem doutorado. Todo o restante terá perdas salariais já a partir do próximo ano. Na UFMT, apenas nove docentes seriam beneficiados.

Na penúltima assembleia, realizada há cerca de uma semana, membros do comando local de greve chegaram a cogitar uma nova paralisação no próximo ano, caso a oferta do governo Federal se mantenha inalterada.

A expectativa dos professores agora é de conseguir as reivindicações por meio de interferência dos parlamentares, uma vez que a proposta da União já tramita no Congresso Nacional. Membros da bancada federal mato-grossense já se comprometeram em apoiar os pleitos dos docentes.

A UFMT foi uma das últimas universidades a definirem pelo retorno às atividades. O comando local de greve chegou a cogitar a possibilidade de manter a paralisação até o final do ano, já que deputados federais e senadores têm até dezembro para apresentar emendas ao Orçamento Geral da União (OGU).

No auge da greve, que teve aderência nacional, 57 das 59 instituições de ensino superior do país pararam as aulas. Entre as reivindicações também estavam melhores condições de trabalho e valorização da carreira docente, além da manutenção da autonomia das universidades.

O movimento começou a perder força a medida que outras categorias do funcionalismo público federal, que também se manifestaram neste ano, foram firmando acordos com o governo e retornando ao trabalho. A União pressionava os grevistas afirmando que o prazo final para uma negociação era 31 de agosto, data limite para que o Executivo encaminhasse ao Congresso o projeto do orçamento de 2013.




Fonte: DO DC

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