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Quarta - 19 de Setembro de 2012 às 14:45
Por: Julia Munhoz

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Olhar Jurídico

 O candidato a vereador Marcelo Queiroz, policial militar licenciado, afirmou durante entrevista exclusiva ao Olhar Jurídico que nunca teve a intenção de matar o secretário de obras de Santo Antônio do Leverger (35 km de Cuiabá), Isaías Vieira, em uma briga numa reunião do PDT no município no dia 5 deste mês, quando era instaurado um processo na Comissão de Ética da sigla pro infidelidade partidária.

Marcelo Queiroz relatou com detalhes o que ocorreu no dia da discussão, que o motivou a atirar contra o secretário e outras cinco pessoas que o agrediam, pelo fato de ele ter sido escolhido como presidente da Comissão de Ética para conduzir o processo. Ele assevera que agiu em legítima defesa.

“Não fui lá pra isso. Não é da minha natureza agir dessa forma, mas aquele momento me vi morto ou todo quebrado. Foram dois tiros muito rápidos enquanto eles estavam me agredindo. Cessou agressão cessou a reação”.

Durante a entrevista ele conta que no dia o presidente do PDT Municipal, Valdir Pereira, o designou para conduzir os procedimentos de investigação contra o secretário de obras, o vereador Isaías Filho, a candidata a vereadoras Patrícia Vieira, ambos filho da vítima, e o também candidato Adelmar Galho. Eles teriam sido acusados de infidelidade partidária por estarem pedindo votos ao candidato a prefeito da oposição.

“O Isaías Vieira e o Filho não aceitaram a forma como foi escolhido o Conselho de Ética. Então começou uma série de insultos e eles se voltaram contra mim. Fui tentar dizer que era o procedimento inicial e eles teriam oportunidade de se defender, mas me insultaram me chamaram de ‘policinha’ de merda, vagabundo, sempre com esse tipo de palavra”, lembrou o policial.

Diante do tumulto a Polícia Militar foi acionada e Marcelo garantiu que em nenhum momento reagiu às agressões que, inicialmente, foram apenas verbais. Ele conta que no momento em que seguia para fora do local foi abordado por Isaías Vieira, que seguiu com as ofensas e já teria inclusive lhe ameaçado. Sem revidar, o policial seguiu para seu carro e, como a PM já estava no local para acalmar o tumulto, iria se identificar como militar.

De acordo com os relatos do candidato a vereador, no momento em que se aproximou seu veiculo Patrícia Vieira o agrediu e afirmou que iria lhe derrotar nas urnas, o pai dela teria o insultado novamente Marcelo acabou revidando também com palavrões.

Diante do revide, Isaías Filho foi quem iniciou as agressões físicas. Segundo Marcelo, o pai e os dois filhos, além do segurança, que também foi baleado e o motorista da família começaram a lhe bater.

“As testemunhas disseram que um segurou e o resto meu bateu e realmente foi porque eu não conseguia me desvencilhar dele. Como eu já estava com a porta do carro aberta foi o momento que consegui pegar minha arma dentro do carro no pé do banco do motorista e efetuei dois disparos para eles saírem de cima de mim”.

Após os dois tiros, que atingiram o secretário de obras e o segurança Marcelo teria colocado a arma em cima do banco do carro e com a aproximação dos policiais se identificou e acabou preso em flagrante. O candidato ficou 13 dias preso e foi posto em liberdade na tarde desta terça-feira (19) após conseguir um habeas corpus.

Sobre a morte de Isaías Vieira, ele lamenta e assevera que nunca teve nenhum problema de rivalidade com a família do secretário. “Foi ele quem me levou para o PDT. Não são meus inimigos e nunca foram. Agora vou seguir tranqüilo com minha campanha. O meu prejuízo está por conta que fiquei 13 dias afastado da minha campanha, mas continuo candidato”, finalizou.

Testemunhas

A versão de Marcelo Queiroz foi confirmada em pelo menos três depoimentos, sendo de uma aposentada, um pintor e um dos policiais militares que atendeu a ocorrência. Os relatos embasaram a decisão dos desembargadores do Tribunal de Justiça que se manifestarem favoráveis ao habeas corpus, que resultou na soltura do candidato.

Secretário de Obras morre

O secretário de obras Isaías Vieira morreu três dias depois da briga. Ele foi atingido por um dos tiros e encaminhado para uma unidade hospitalar da capital. O segurança também baleado esta em recuperação.






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