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Saúde
Sábado - 27 de Junho de 2015 às 12:11

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Para conquistar o sonho de ser mãe, enfermeira emagrece 35 kg em 1 ano

Quem olha pela primeira vez para a enfermeira Ludmilla Pelá Rodrigues Martineli, de 30 anos, sequer imagina que há um ano ela chegou a pesar 106 quilos. A motivação para 'secar’ os 35 quilos extras, no entanto, surgiu além de uma preocupação com a saúde ou com a estética, e sim para atender a outro desejo: o de ser mãe.

Desde o casamento há dois anos, Ludmilla, que é de Sertãozinho (SP), planeja ter um filho. A enfermeira, no entanto, tem ovário policístico e dificuldade de engravidar. Depois de passar por um especialista, descobriu que o método mais indicado seria a inseminação artificial. "O médico falou que se eu emagrecesse eu melhoraria as chances de engravidar", afirma.

Após a orientação do médico, a enfermeira decidiu procurar uma endocrinologista e uma nutricionista para acompanhá-la na dieta. Com o resultado dos exames, ela descobriu que sofre de tireoidite de hashimoto.

De acordo com a endocrinologista Lea Maria Zanini Maciel, do Departamento de Clínica Médica da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP), a tireoidite de hashimoto é uma doença autoimune que causa a inflamação da tireoide. "O organismo produz anticorpos contra as células da tireoide. Essa condição geralmente faz com que o paciente desenvolva o hipotireoidismo, que pode acarretar na dificuldade da perda de peso", afirma.

Junto com a tireoidite, a enfermeira também descobriu que tinha resistência à insulina. Diante do quadro, a endocrinologista de Ludmilla recomendou que ela retirasse os alimentos com glúten da dieta, além do tratamento hormonal. Com a ajuda da nutricionista, ela começou a seguir um cardápio específico.

"Foi bem difícil e drástico para eu me adaptar. Tive umas recaídas no começo, porque imagina ter que cortar todos os alimentos que têm glúten? Lanche, pizza, tudo coisas que eu estava acostumada a comer. Se eu ia a aniversários, não dava para comer quase nada. Isso foi bem difícil. Comecei então a procurar lugares que vendem alimentos mais especializados", conta.

Aos poucos, Ludmilla diz que foi se acostumando à nova rotina. Para ajudar na perda de peso, a enfermeira aliou a dieta aos exercícios físicos. Passou a praticar treino funcional cinco vezes por semana, além de corrida e aulas de zumba.

A enfermeira, na época com 106 quilos distribuídos em 1,70 metro de altura, conta que só tomou consciência do problema de peso que tinha quando começou a ver os resultados iniciais da dieta. "Antes eu não via a minha imagem daquele jeito que eu era. Já tinha tentado todo tipo de dieta, de exercício, mas eu sempre começava e parava. Dessa vez, passei a enxergar que eu era uma pessoa obesa. Me identifiquei com a atividade física, mudei os hábitos de vida e consegui me transformar", afirma.

Mudança
Depois de se adaptar aos novos hábitos, Ludmilla diz que não sente mais falta dos alimentos que ingeria antes da dieta. "A qualidade de vida é bem melhor. Como muitas frutas, legumes e verduras. Carboidratos geralmente é batata doce, mandioca. Arroz eu como muito pouco, geralmente arroz integral, carnes mais magras, frango. Além disso, também consumo cereais, aveia, e sementes como linhaça e chia", diz.

Os 35 quilos eliminados nos últimos 12 meses também fizeram diferença no guarda-roupa de Ludmilla - a enfermeira passou do manequim 48 para o 40. Para ela, que diz que se sentia mal ao procurar roupas e não encontrar os modelos preferidos no tamanho que usava, a mudança foi surpreendente.

"Eu olhava para as roupas e pensava: como pode isso? Doei todas. Tive que renovar o guarda-roupa inteiro e continuo perdendo peças por estar emagrecendo ainda. Quando eu era obesa, não tinha coragem de usar peças como shorts, saias. Isso me deixava um pouco frustrada", afirma.

Motivação
Ludmilla conta que está atualmente com 21% de gordura no corpo. A porcentagem ideal, segundo a endocrinologista, é de 19%. Mesmo faltando pouco para alcançar o objetivo, a enfermeira não pensa em mudar os novos hábitos que adquiriu.

"Compensou muito o esforço e não vejo um fim nisso. Hoje eu me sinto bem, estou num padrão saudável, mas eu quero buscar mais ainda, quero melhorar mais, quero malhar para ficar com um corpo melhor. Não cheguei no fim e não tenho uma meta de quantos quilos ainda quero perder", diz.

O segredo para encarar uma mudança drástica na alimentação, está, segundo Ludmilla, na força de vontade e na busca por ajuda profissional. "Tem que ter um objetivo. Também é preciso procurar ajuda, porque a gente sozinho não consegue, por muitas vezes eu tentei fazer algo sozinha e não deu certo. Outra coisa importante é se encontrar em uma atividade física e procurar uma coisa que você goste realmente de fazer", explica.

Depois de ter conquistado o novo corpo, Ludmilla agora pensa em adiar um pouco a gravidez. "Meu marido anda ansioso para que eu engravide, mas eu estou tão feliz com meu visual, quero me curtir um pouco assim agora, pelo menos por mais um ano. Agora estou saudável, e o bebê pode esperar mais um pouco", conclui.





Fonte: G1

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