Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Sábado - 11 de Julho de 2015 às 08:29

    Imprimir


A Secretaria Estadual e o Ministério da Saúde apuram se o aumento de casos suspeitos de caxumba no Rio foi causado por uma redução da eficácia da vacina ao longo do tempo. No estado, até a última terça-feira (7), já havia mais notificações da doença do que em todo o ano passado. Por causa de um surto da caxumba entre os alunos, uma escola na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade, tomou uma medida extrema.


Na escola, estudava Juliana Guedes, de 13 anos, que morreu no início desta semana. A Secretaria Municipal de Saúde apura se ela foi vítima de complicações da doença.

É justamente a região da Barra da Tijuca, onde juliana estudava, uma das que mais concentram casos suspeitos de caxumba na cidade, junto com a Zona Sul e com o Centro. Em todo o município, já são mais de 30 locais com surtos. No estado, 66 locais. Além do Rio, as cidades deNiterói, na Região Metropolitana, e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, são as mais atingidas.

Neste ano, até a última terça-feira (7), foram 606 casos suspeitos no estado. O número é superior ao total do ano passado, quando 561 pessoas pegaram a doença.

As autoridades de saúde negam que haja uma epidemia. Mas recomendam que a população se mantenha vacinada. A pessoa deve ser imunizada pela primeira vez com 1 ano de idade, e tomar a segunda dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) aos 15 meses de idade.

Quem tem até 19 anos de idade e não sabe se foi vacinado precisa tomar as duas doses de uma só vez. Já quem é maior de 19 anos até 49 anos de idade só precisa de uma vacinação.

As grávidas não podem ser vacinadas. E quem já foi atingido pela doença, não corre risco de contraí-la de novo.

A Secretaria Estadual de Saúde informou que vai investigar uma possível redução da eficácia da vacina ao longo dos anos. Todos os casos notificados vão ser analisados. A secretaria quer saber se a maioria das pessoas que pegaram a caxumba já tinham se vacinado ou não.

O infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz, José Cerbino Neto, afirma que a vacina vem se mostrando eficiente ao longo dos anos, mas admitiu a possibilidade de falhas.

“Ela é boa. Não é cem por cento. Tem que analisar se está dentro da normalidade ou se houve alguma falha”, disse Cerbino Neto.

O médico recomenda que todo mundo olhe a carteira de vacinação para ter certeza que já foi imunizado. E diz que a vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença.

O Ministério da Saúde e a Fiocruz têm ciência de uma possível elevação de casos registrados em áreas localizadas do município. O Ministério da Saúde tem acompanhado a situação. As vacinas distribuídas por Bio-Manguinhos/Fiocruz passam por rigoroso controle de qualidade e passa por monitoramento constante. As vacinas distribuídas para rede de saúde possuem qualidade e eficácia comprovada.

O Ministério da Saúde esclarece que a vacinação é a única maneira de prevenir a caxumba e diante da ocorrência de surtos da doença, deve-se verificar a cobertura vacinal da área. Nos anos de 2014 e 2013, a cobertura vacinal no país foi inteiramente atingida.

No Rio de Janeiro, essa cobertura foi de 114,6% em 2014 e de 108,1% em 2013 (população em trânsito no estado pode ter sido vacinada). A distribuição da vacina para a caxumba encontra-se regular e os estoques estão abastecidos.

A doença tem maior ocorrência de casos no inverno e na primavera. A assistência médica ao paciente com caxumba é ambulatorial e o tratamento é feito no domicílio. É importante esclarecer que a caxumba não é doença de notificação compulsória, mas os estados e municípios têm autonomia para notificá-la e também criar um banco paralelo para consolidar os casos em seu estado.





Fonte: G1

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/415854/visualizar/