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Terça - 14 de Julho de 2015 às 10:40

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Foto: Reprodução/Ilustração

Aluno de Primavera é um dos cinco representantes do Brasil como cientista olímpico na Indonésia

Um estudante de Primavera do Leste, interior de Mato Grosso, foi escolhido para integrar a equipe brasileira que irá à 9ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA). Mesmo sem cursar a disciplina de ciência astrofísica, pois não consta no currículo escolar, Yassin Rany Khalil, teve excelente pontuação na prova nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e será um dos cinco brasileiros a viajar para o evento, que será na Indonésia.

Yassin é um estudante de uma unidade escolar particular em Primavera do Leste, que com apenas 16 anos já conseguiu destaque nacional na área da astronomia. Apaixonado pelo tema, ele conta que participa da OBA desde criança e que a olimpíada foi a grande incentivadora para continuar estudando astronomia.

“Era uma prova desafiadora, mas eu gostava, pois, mesmo sem estudar Astronomia era possível responder algumas coisas apenas pelo exercício do pensamento. Era um dos principais motivos pelos quais eu gostava de fazer a prova. Sempre gostei de saber como as coisas são e, conseguir entender algo, fazendo um exercício, é fascinante. Para fins de seleção, podemos dizer que a escola não foi a grande incentivadora, (mas sim a OBA em si). Isso porque não há na escola a ciência astronômica. A questão é dada muito pouco nas aulas de física”, conta Yassin.

Entretanto, o estudante acredita que tem muito a agradecer à escola, que financiou a viagem para o treinamento antes da Indonésia, que foi feito em junho, no Rio de Janeiro.

Para integrar uma equipe internacional, o candidato precisa, primeiramente, de uma excelente pontuação na prova nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Em seguida, é preciso participar de provas seletivas online. E, finalmente, caso seja classificado, realiza prova final presencial. Depois de todo esse processo, os selecionados para compor as equipes realizam treinamentos intensivos, onde aprendem a operar telescópios, a construir foguetes e bases de lançamento e aprimoram seus conhecimentos de Astronomia.

A olimpíada internacional é reconhecida pela União Astronômica Internacional (IAU) e acontecerá entre os dias 26 de julho e 4 de agosto, na Indonésia. Além de Yassin a seleção da IOAA é formada pelos alunos: Carolina Lima Guimarães, de Vitória (ES), Felipe Roz Barscevicius, de Sorocaba (SP), João Paulo Krug Paiva, de Curitiba (PR) e Pedro Henrique da Silva Dias, de Porto Alegre (RS).

Com a alegria de ter sido escolhido ele arrisca até a dar conselhos. “Se pudesse, acho que passaria a mensagem de que tenho arrependimento de ter começado tarde nas Olimpíadas Científicas e levar o estudo mais a sério, queria ter começado mais cedo. Sempre achei que fosse algo impossível. Acho que muitas pessoas gostam de Olimpíadas e talvez outras coisas também, mas é algo tão fora da nossa realidade, que acreditamos ser impossível, e, às vezes nem tentamos, ou nem sabemos que a coisa existe”.

Embora tenha pouca idade ele já tem certo currículo nos eventos de Astronomia. “Participei da Jornada Espacial, que aconteceu em Natal (RN), em dezembro do ano passado. Fui chamado pelo desempenho na OBA. Ao todo foram 43 alunos de quase todos estados do Brasil”, destaca.

Gestão e a Astronomia
A secretária municipal de Educação de Primavera do Leste, Adriana Tomasoni, disse que o município está orgulhoso de seu representante num evento tão importante e lamenta que o assunto seja pouco incentivado pelas escolas. “A participação de um aluno da cidade de Primavera representando Mato Grosso e o Brasil num evento internacional é excelente. Contudo, acredito que a área de Educação deveria ter mais empenho para o incentivo estudantil em olimpíadas científicas. Por isso, a gestão municipal está aberta a parcerias já que o estudo astronômico não consta da matriz curricular. Talvez, com a nova discussão da base nacional comum, isso seja feito”, disse.

Segundo ela, em agosto a gestão municipal vai dar início à nova proposta para a matriz da Educação Básica e, ter um estudante de Primavera em destaque tanto na OBA quanto na IOOA será um apontamento relevante. Já quanto ao estudo astronômico entrar no contexto de discussão da rede pública estadual - onde a secretária faz parte do Conselho Estadual de Educação (CEE) - ela ainda aguarda que surja o fomento à discussão.




Fonte: Olhar Direto

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