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Agronegócios
Quarta - 15 de Julho de 2015 às 12:27

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Operando já há alguns dias em mercado firme, ontem (14) o frango vivo negociado em Minas Gerais obteve reajuste de cinco centavos, sendo comercializado por R$2,65/kg. 


Recupera, assim, 50% do que perdeu no início de julho quando, após duas semanas de estabilidade, a cotação do produto recuou de R$2,70/kg para R$2,60/kg, igualando-se à praticada no mercado paulista.

São Paulo, por sua vez, completou ontem 25 dias com a cotação inalterada em R$2,60/kg. Nesse espaço de tempo viu o mercado registrar comportamentos opostos aos habituais: firmeza na segunda quinzena do mês [de junho], fraqueza de negócios nos primeiros dias de julho corrente e agora, quando a primeira quinzena termina e as condições de comercialização normalmente se deterioram, novamente firmeza. Ou seja: se não experimentar alguma alta, dificilmente sofrerá baixas.

Quem vem concorrendo decisivamente para essa situação é a evolução de preço da carne bovina e sua grande diferença em relação à carne de frango. Pois, como observou o AviSite na semana passada, enquanto nos últimos 12 meses o frango aumentou para o consumidor pouco mais de 3% (ficando visivelmente aquém da inflação oficial que, pelo IPCA, chega a, praticamente, 9%), os cortes de acém (base tradicional de comparação adotada pelo setor) aumentaram mais de 20%. E isto faz com que (último levantamento do Procon-SP) 1 kg de carne bovina de segunda custe o equivalente a 3,250 kg de frango resfriado. É impossível o consumidor ignorar essa vantagem.

Mas há outro fator ponderável influenciando a firmeza de mercado do frango: as exportações. Que tendem, neste mês, a registrar novo e surpreendente recorde. Isto depois de terem alcançado, em junho, resultados inéditos e, sem dúvida, inesperados.

É cedo, ainda, para uma projeção do gênero, pois só se dispõe, até aqui, das informações relativas aos oito primeiros dias úteis do mês, ou seja, do primeiro terço “útil” de julho (23 dias úteis). Mas o volume embarcado nesse curtíssimo espaço de tempo é bastante promissor pois já corresponde, por exemplo, à metade do que se exportou em todo o mês de abril.

É provável que, no decorrer das três semanas faltantes de julho, haja alguma redução nos números atualmente registrados. Porém, mantida a média diária das duas primeiras semanas do mês, os embarques de julho (considerados os quatro itens exportados – frango inteiro, cortes, industrializados e carne salgada) podem superar as 450 mil toneladas.

Para se ter uma ideia do que isso representa basta mencionar que a média mensal alcançada nos últimos 12 meses (isto é, incluindo-se aí os bons resultados de junho passado) não chegou a três quartos desse volume, mal alcançando as 337 mil toneladas mensais. E o recorde de junho ficou próximo, mas aquém, das 400 mil toneladas.





Fonte: Avisite

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