Com ação do BC chinês, dólar comercial sobe quase 2% e volta para os R$ 3,50
Foto: Susana Gonzalez / Bloomberg
A trégua do dólar não durou muito. A divisa voltou a ser negociada no patamar de R$ 3,50 nesta terça-feira, com uma alta de quase 2% ante o real. Às 11h45, a moeda americana era negociada a R$ 3,503 na compra e a R$ 3,505 na venda, forte valorização de 1,80%, praticamente anulando a depreciação do pregão anterior, quando fechou a a R$ 3,443, recuo de 1,91%). Já na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o índice de referência Ibovespa recua 1,46%, aos 48.631 pontos.
A razão para o fortalecimento do dólar está no mercado chinês. O Banco do Povo da China (o bc chinês) decidiu desvalorizar o yuan ante o dólar em 1,9% nesta terça-feira. O objetivo é estimular as exportações do país asiático. Essa intervenção levou a uma desvalorização das moedas de mercados exportadores de matérias primas, como o Brasil. "Internamente o real deverá retomar a trajetória de desvalorização, acompanhando o movimento externo em decorrência da ação do BC chinês, em meio às articulações do Planalto para recomposição da base aliada", afirmou,
Mas apesar de ganhar força ante a moedas de países emergentes, o "dollar index", indicador medido pela Bloomberg e que verifica o comportamento da divisa ante uma cesta de dez moedas, perde força e registra queda de 0,21%.
PETROBRAS E VALE CAEM COM CHINA
A desvalorização repentina do yuan também faz estragos na Bolsa. As ações da Petrobras e da Vale operam com fortes quedas, deixando o Ibovespa em terreno negativo nesta terça-feira.
As ações preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras registram desvalorização de 3,31% e são cotadas a R$ 9,62. Já as ordinárias (ONs, com direito a voto) recuam 3,17%, a R$ 10,66. Mesmo comportamento tem os papéis da Vale. As PNs da mineradora caem 4,91% e os ONs registram variação negativa de 5,42%.
Também com liquidez e participação relevante na composição da carteira do Ibovespa, o setor bancário também opera em queda. As ações preferenciais do Itaú Unibanco estão praticamente estáveis, com leve alta de 0,07%, mas
No mercado acionário, as Bolsas europeias operam em queda. O DAX, de Frankfurt, recua 2,40% e o CAC 40, da Bolsa de Paris, tem queda de 1,74%. Já no FTSE 100, de Londres, a variação é negativa em 0,82%. O recuo ocorre mesmo após o acordo da Grécia com os credores.
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