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Saúde
Sexta - 08 de Janeiro de 2016 às 09:37
Por: Marlenne Maria com Gilvan Melo

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Durante a entrevista coletiva concedida à imprensa nesta semana, o Secretário de Saúde Itamar Martins foi questionado sobre o número de casos de dengue em Tangará da Serra. Segundo ele, não se pode falar em epidemia. “Não podemos falar que há uma epidemia, porque Tangará tem mais de 100 mil habitantes e tivemos em torno de 400 casos notificados no ano passado, dos quais mais de 50% confirmados. Com relação à Zica e Chikungunya, não podemos falar, até porque há subnotificação, já que muitos ainda compram um remedinho na farmácia para tratar dos sintomas”, afirmou.

Segundo o Secretário, não há nenhum caso de zica confirmado em Tangará da Serra. Ele destacou ainda que os exames coletados estão sendo encaminhados para o laboratório, ressaltando que há limitações em função da gravidade para as gestantes. “Tem havido muitos sintomas parecidos com a dengue e infelizmente nenhum município do Brasil está preparado para uma epidemia. Falamos disto o ano inteiro, mas infelizmente só nos lembramos de nos preocupar com a dengue e este tipo de doença quando começa a acontecer. É o mesmo mosquito e por isso estamos intensificando as ações de combate”, destacou o Secretário.

Ele lembrou que Tangará é um dos poucos municípios de Mato grosso que criaram a Sala de Combate ao Aedes Aegypti. “O Estado criou, a Nação criou, Tangará e Cuiabá pelo que tenho conhecimento. Temos nesta sala participação da polícia militar, corpo de bombeiros, defesa civil, clubes de serviço. Os trabalhos terão prosseguimento com mutirões e coleta de lixo e a equipe está fazendo também os levantamentos de índices”, explica.

Indagado sobre a falta de material para a realização do mutirão, o Secretário informou que a solicitação de material foi protocolada na segunda-feira à tarde. “Precisa de 200 pares de luvas, por exemplo, isso tem que ser providenciado com tempo. Mas, já licitamos e estamos adquirindo os EPIs, camisetas e bolsas. O que foi citado foi por falta de tempo para aquisição, mas o material de rotina não faltou”, afirmou ele.

Itamar lembrou que na atual gestão, ocorreu agora a terceira mudança na Coordenação da Vigilância Ambiental de Tangará da Serra. Entre outros, a troca acabou atrasando a aquisição de equipamentos e materiais. “Quando o Lucas [que deixou a coordenação recentemente] entrou já havia um processo de levantamento destas pendências. Isto só foi finalizado em dezembro e ainda foi preciso correr atrás para acrescentar algo que havia faltado. Mas, a licitação está pronta e estamos adquirindo este material para eles”, ressaltou Itamar.

Alerta – O Secretário lembrou que a população precisa se atentar não apenas ao lixo quando se fala em evitar criadouros do mosquito Aedes Aegypti. “Não é o lixo tipo sofá ou geladeira velha que gera criadouro do mosquito. Já se comprovou que a maioria dos casos de criadouros de mosquitos está nas calhas, dentro das casas e nos vasos de flores com o pratinho embaixo”.

Demanda hospitalar – Questionado ainda sobre o volume de pessoas que está procurando atendimento no hospital Mater Dei, o secretário explicou que a preocupação da população é normal em tempos de dengue. “Com relação ao Mater Dei, é normal que neste período as pessoas procurem a unidade, porque se tem febre ou mais sintomas associados, as pessoas pensam no soro que não é feito nas unidades de saúde. Então é normal que o Hospital Municipal receba um fluxo maior de pessoas”.





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