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Saúde
Quarta - 29 de Junho de 2016 às 17:40
Por: Lorrana Carvalho | Da Assessoria SES-MT

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Mato Grosso fechou o primeiro semestre do ano com uma redução de 30,3% no número de casos de Malária, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com dados da área de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), de janeiro a junho de 2016, foram registrados 216 casos da doença no estado, contra 310 casos no mesmo período de 2015.

O resultado positivo demonstra que as regionais de saúde colocaram em prática as ações de combate e prevenção, pactuadas no Plano de Ação para Vigilância e Controle da Malária para o ano de 2016. Mato Grosso se mantém na oitava posição no ranking da Região Amazônica, sendo que apenas o Tocantins registrou menos casos no período. Também fazem parte da Região Amazônica os estados de Roraima, Rondônia, Pará, Maranhão, Amapá, Amazonas e Acre.

Dentre os casos registrados esse ano, 208 são de malária vivax e sete são da malária falciparum, considerada uma das formas mais graves. Os casos foram registrados em 29 municípios e duas cidades apresentaram risco para surto/epidemia de malária. Colniza, considerado de médio risco e Nova Bandeirantes, considerado de baixo risco.

A técnica da Vigilância Epidemiológica da SES, Elaine Cristina de Oliveira, explica que o estado de Mato Grosso como um todo é considerado endêmico e possui todos os requisitos para que haja a transmissão da doença, mesmo em municípios sem notificação. “Além de fazer parte da Região Amazônica, em Mato Grosso temos a presença do mosquito, áreas com muitas matas e um fluxo imigratório de pessoas muito grande o que propicia a transmissão da doença”.

Esse cenário epidemiológico faz com que seja necessário que os cuidados sejam redobrados e que os municípios mantenham a rede de saúde atenta para a detecção e tratamento precoce da doença. No Estado, a malária é de notificação obrigatória e o sistema de informação, SIVEP Malária é online, sendo alimentado pelos municípios diretamente na base nacional.

Ações

Para manter o controle dos números de casos de malária, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) por meio da vigilância epidemiológica, desenvolve Programa Estadual de Controle da Malária ofertando cooperação técnica, apoio logístico e monitorando os casos notificados no Estado, além de realizar a investigação epidemiológica e as ações preconizadas para vigilância e controle efetivo da doença. Tudo isso ocorre em parceria com os Escritórios Regionais de Saúde (ERS) e com os municípios, onde ocorre a transmissão dos casos.

A SES realiza também capacitações, orientações técnicas e supervisões, por meio de visita aos municípios com ocorrência de casos de Malária. Ações de orientação e realização de entomologia também são realizadas.

Outra ação desenvolvida são as reuniões com os Escritórios Regionais de Saúde com o objetivo de avaliar a situação da doença no estado e redirecionar as estratégias para melhorar as ações de vigilância e controle da malária.

A Malária

A malária é uma doença infecciosa aguda, causada por protozoários parasitas do gênero plasmodium. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles, que se infecta ao sugar o sangue de uma pessoa doente.

Os criadouros preferenciais do mosquito transmissor da malária são os igarapés, por suas características: água limpa, sombreada e parada. Se não for tratada, a malária pode evoluir rapidamente para a forma grave e levar a óbito. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O período de incubação varia de oito a 17 dias, mas pode se estender por vários meses, em condições especiais.

A malária tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Ainda não existe uma vacina disponível contra a doença. Contudo, algumas medidas de proteção individual contra picadas de insetos devem ser utilizadas, principalmente nas áreas de risco. O uso de telas nas portas e janelas; o uso de repelente e, ainda, evitar locais de banho em horários de maior atividade do mosquito - manhã e final da tarde - são exemplos de medidas que devem ser adotadas para evitar a transmissão.





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