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Nacional
Quarta - 12 de Abril de 2017 às 06:53
Por: Gilson Nasser/Folha Max

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), se posicionou na noite desta terça-feira sobre a abertura de uma investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) contra sua pessoa numa das denúncias da “Operação Lava Jato”. Maggi é acusado por delatores da Odebrecht de ter recebido R$ 12 milhões em propina durante a campanha de 2006, quando concorreu a reeleição ao Governo do Estado.

Em nota, Maggi lamentou a citação de seu nome na “lista do Janot”. Ele criticou ainda o fato de não poder se defender até a atual etapa da investigação. “Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei do que sou acusado”, assinala.

O ministro ainda rechaçou as acusações imputadas. Ele negou ter recebido qualquer tipo de doação da Odebrecht a suas campanhas e diz não ter qualquer tipo de relação com a empreiteira ou seus diretores. “Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado”, assegura.

Nesta terça-feira, o ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a investigação contra 83 autoridades citadas nas delações de executivos da empreiteira Odebrecht. Maggi é um dos citados e teve inquérito instaurado na Suprema Corte.

O nome do ex-governador de Mato Grosso e senador licenciado foi citado pelos executivos João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto. Ele revelaram que os repasses foram centralizados pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. Nele, Maggi é conhecido pelo codinome de “Caldo”.

A Odebrecht revelou que a propina de R$ 12 milhões foi exigida pelo ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, para pagar um crédito que a empresa tinha a receber do Governo do Estado. Segundo as delações, Eder deixou claro que o então governador Blairo Maggi tinha conhecimento da cobrança.

“Também quanto ao Estado do Mato Grosso, menciona-se que Éder de Moraes Dias, agente público estadual, teria solicitado pagamento de vantagem indevida a fim de propiciar o recebimento dos créditos em comento, valores que seriam repassados, a pretexto de contribuição eleitoral, em favor da campanha de reeleição do então Governador do Estado do Mato Grosso Blairo Maggi. O solicitante, inclusive, teria mencionado que o pedido era de conhecimento do então Governador, surgindo o repasse de R$ 12.000.000,00”, narra o inquérito.

Íntegra da nota de Maggi:

Meus amigos,

Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de 108 pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo da citação para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de esclarecer que:

1. Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais.

2. Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os seus dirigentes.

3. Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado.

Blairo Maggi





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