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Agronegócios
Quarta - 26 de Abril de 2017 às 06:56
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Como destacam analistas do Imea, volume exportado representa 29% da expectativa para 2017
Como destacam analistas do Imea, volume exportado representa 29% da expectativa para 2017

Pouco mais de 36% de toda a soja em grão exportada pelo Brasil no primeiro trimestre deste ano saiu de Mato Grosso. Além de responder, sozinho, por quase um quarto dos embarques nacionais de janeiro a março, o volume movimentado próximo a 5 milhões de toneladas, também foi o maior já registrado no período, apontando mais um recorde para a cultura que segue como carro-chefe das exportações mato-grossenses.

Conforme levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), março foi mais um mês de recordes no comércio exterior ao Estado, ao registrar volumes inéditos. A exportação da soja em grão somou no acumulado do primeiro trimestre desse ano, 4,97 milhões de toneladas (t), apresentando participação de 36,6% no total das exportações brasileiras do período. A informação faz parte do Boletim Semanal da Soja, informativo do Imea divulgado todas as segundas-feiras.

Como destacam os analistas, a quantidade exportada pelo Estado nesse período já representa 29% da expectativa que o Imea projeta para o escoamento da safra 2016/17, que é de 16,86 milhões de toneladas. “Para abril, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços aponta que nas primeiras duas semanas o país já tenha exportado cerca de 5,29 milhões/t toneladas, apresentando média diária de escoamento de 588,8 toneladas. Esta média é 17% maior que a de abril do ano passado e 66% superior à registrada em março. Caso esse ritmo intenso se mantenha nas duas últimas semanas de abril, o mês tende a finalizar com grandes volumes, e se Mato Grosso continuar com a ampla representatividade que tradicionalmente registra no escoamento do país, tende a apresentar cenário semelhante e firmar até novo recorde ao período”. A China é o principal destino do grão.

O economista da PR Consultoria, Carlos Vitor Timo Ribeiro, reforça que o grão teve ganho de receita de 12% no comparativo anual entre o primeiro trimestre de 2017 ante 2016. “O faturamento passou de US$ 1,41 bilhão para US$ 1,94 bilhão”. Ainda como observa, todo complexo soja (grão, farelo e óleo) totalizou US$ 2,49 bilhões registrando crescimento de 25% em valor, por conta do forte aumento dos embarques físicos de soja em grão e de óleo de soja. “Como se vê, de um total de US$ 2,49 bilhões, US$ 1,94 bilhão vieram da venda do grão, o que mostra a demanda pela soja in natura do Estado, fazendo dela o carro-chefe das exportações”. Mesmo assim, ele destaca que a industrialização da matéria-prima pode ser observada também no saldo do trimestre. “No período, respondemos por 36% do total dos embarques de soja em grão do país, por 37% do farelo, por 20% do óleo de soja e por 47% do volume exportado de farinha e pellets, indicadores que mostram bem a importância dessa cadeia industrial instalada aqui no Estado. O ideal é que cada vez mais, exportemos produtos processados e menos a matéria-prima”.





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