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Economia
Terça - 23 de Maio de 2017 às 15:08
Por: G1/MT

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Pecuaristas de MT cobram medidas do governo depois da delação dos executivos da JBS
Pecuaristas de MT cobram medidas do governo depois da delação dos executivos da JBS

Os pecuaristas de Mato Grosso estão preocupados com o reflexo na economia do setor. A agropecuária no estado ainda sente reflexos da Operação Carne Fraca e da delação dos executivos do grupo JBS. Depois da operação, a arroba sofreu desvalorização de até 10% em alguns casos, além disso, a delação dos empresários criou um clima de preocupação. A empresa detém 50% dos frigoríficos que atuam em Mato Grosso.

Com o maior rebanho bovino do país, Mato Grosso tem aproximadamente 30 milhões de cabeças de gado. Neste ano já foram abatidos 1 milhão 440 mil animais. O setor tem presença garantida no resultado da balança comercial e reflexo direto no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB)

A associação que representa os criadores de mato grosso, a Acrimat, decidiu recorrer ao governo do estado e protocolou duas propostas. Uma delas pede a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para abater animais em outros estados.

“Nós queremos a alíquota zero para o ICMS do gado vivo para operações de outros estados, por conta dessa medida unilateral que as indústrias tomaram de não comprar mais gado à vista em Mato Grosso. Já que a indústria não quer dar o direito ao pecuarista de comercializar os animais à vista, o estado [deve] entender a dificuldade que o setor enfrenta, [até] e a possibilidade de nós abatermos nossos animais em outros estados até que as indústrias revejam esse posicionamento”, afirmou o diretor executivo da Acrimat, Luciano Vacari.

Atualmente o pecuarista precisa pagar 7% de ICMS, além do frete para fazer o abate em estados vizinhos. Para o governo de Mato Grosso, a proposta é uma possibilidade.

“É uma hipótese que vai ser analisada pelo governo, estamos conversando com várias outras redes de frigoríficos, para que eles venham para o estado, temos mais de 20 plantas habilitadas com inspeção federal que não estão operando, que poderiam rapidamente voltar em operação nas mãos de outras redes frigoríficas ou outros empresários”, declarou o secretário de desenvolvimento econômico do estado, Ricardo Tomczyk.

O sindicato que representa os frigoríficos se manifestou por meio de nota e disse que é necessário ter cautela porque a isenção do imposto poderia desestimular as indústrias do estado.





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