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Educação/Vestibular
Quinta - 25 de Maio de 2017 às 10:31
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Dinalte Miranda/Diário de Cuiabá
Escola Presidente Médici, em Cuiabá, uma das poucas escolas com boa estrutura para prática de esportes
Escola Presidente Médici, em Cuiabá, uma das poucas escolas com boa estrutura para prática de esportes

Sede da Copa do Mundo de 2014, Mato Grosso conta com uma rede de ensino formada por 753 unidades estaduais. Porém, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas divulgados, ontem, revelam que apenas 5%, ou seja, 39 unidades estaduais possuem campo de futebol (5), ginásio (24), piscina (13) e/ou pista de atletismo (2). O levantamento tem parceria com o Ministério do Esporte e faz parte da primeira edição do Suplemento de Esporte da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic 2016) e do Suplemento de Esporte da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic 2016).

Realizada entre junho e outubro de 2016, a pesquisa traz aspectos sobre a gestão e o desenvolvimento da política de esporte a partir da coleta de dados de temas, como a gestão da política de esporte (órgão gestor da política de esporte e recursos humanos), legislação, instrumentos de gestão e de participação, convênios e parcerias, entre outros. A coleta das informações abrangeu as 27 unidades da Federação e um total de 5.570 municípios brasileiros.

Em Mato Grosso, a pesquisa aponta ainda para a existência de três instalações esportivas estaduais. Já em Cuiabá, esse número sobe para 44 bens esportivos da rede municipal. Porém, nenhuma escola do município possui tais espaços destinados ao esporte.

Já em Várzea Grande, são 24 estruturas municipais e apenas dois colégios da rede com campos ou ginásios. Quanto ao perfil, o gestor estadual tem formação em mestrado ou doutorado, sendo que 49,7% dos recursos humanos são estatutários.

Em nível nacional, o estudo do IBGE revela avanços, mas que os desafios ainda são gigantescos. Na maioria dos municípios do país, as políticas de esporte estavam associadas ou subordinadas a outras políticas, sobretudo à educação e à cultura.

“É preciso avançar bastante em relação à estrutura organizacional, principalmente das prefeituras, para tratar a política de esporte. A política de esporte precisa se firmar um pouco mais na gestão pública”, disse a coordenadora da pesquisa, Vânia Pacheco.

Outro item apontado trata-se da presença dos Conselhos Estaduais e Municipais, necessários para consolidar a gestão democrática da política pública de esporte e fomentar canais de diálogo entre o governo e a sociedade civil. Porém, dos 1.161 municípios com conselhos, 27% não chegaram a atuar ou se reunir uma única vez nos 12 meses anteriores à pesquisa.

Mato Grosso está entre as unidades com Conselho e Fundo de Esportes, além de contar com convênios e outras formas de parcerias entre as esferas governamentais, a iniciativa privada e o terceiro setor (associações e entidades sem fins lucrativos) que permitem viabilizar ações que estimulem e fomentem o esporte e o lazer.

A prática esportiva é considerada fundamental por especialistas para o desenvolvimento integral dos estudantes. Favorece inclusive a concentração, capacidade de organização, e de realizar trabalho em grupo. Dados do Censo Escolar 2015, divulgado em agosto passado, já haviam mostrado que não havia instalações esportivas em 65,5% das escolas de educação básica e em 60,7% das instituições de ensino fundamental.





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