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Agronegócios
Quarta - 14 de Junho de 2017 às 15:00
Por: Diário de Cuiabá

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As lavouras cultivadas na safra 2016/17 de Mato Grosso apresentam a maior estimativa do Valor Bruto da Produção (VBP) do país, nesse ano. Conforme dados divulgados ontem pelo pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a renda gerada pela agricultura deverá somar R$ 56,93 bilhões, contra R$ 56,20 bilhões do consolidado no ano passado. Além do volume projetado ao Estado, que é o maior produtor de grãos e algodão do Brasil, tem destaque os R$ 52,59 bilhões esperados das lavouras paulista, estado com a segunda maior projeção.

Se os dados do Mapa se confirmarem, mais de 80% do VBP mato-grossense, que inclui ainda a pecuária, será sustentado pelas lavouras, já que o VBP total para Mato Grosso deve somar R$ 71,09 bilhões em 2017, contra R$ 71,33 bilhões realizados no ano passado. Nessa avaliação, do VBP total, São Paulo segue liderando a geração de receita no campo, com estimativas de R$ 72,24 bilhões.

São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul ocupam as cinco primeiras posições no ranking por estados e respondem por 59% do valor total. Valor Bruto é a soma de toda produção agropecuária do país, dentro das propriedades, ou seja, da porteira para dentro e leva em consideração os volumes ofertados e os preços médios de cada período avaliado.

Dos R$ 71,09 bilhões esperados para Mato Grosso nesse ano, R$ 56,93 bilhões devem ser originados nas lavouras e R$ 14,16 bilhões da pecuária, formada pela bovinocultura de corte e de leite, suinocultura, avicultura e pela produção de ovos.

Entre as principais culturas do VBP estadual (algodão, cana-de-açúcar, milho e soja), a cana é a que mais amplia a receita em comparação ao ano passado. Conforme os dados revisados pelo Mapa, os canaviais deverão gerar R$ 2,09 bilhões, o maior valor já calculado para a cultura. No ano passado, foram contabilizados R$ 1,37 bilhão, crescimento anual de 52,55%.

O algodão, com estimativa de renda no campo de R$ 13,76 bilhões, é a segunda cultura com maior variação anual no Estado. Se as projeções se confirmarem haverá crescimento de 16,80%, já que no ano passado o saldo da safra foi de R$ 11,78 bilhões.

O milho, suja produção no Estado é toda concentrada na segunda safra, deverá somar, em 2017, receita de R$ 10,56 bilhões, ou 6,88% a mais que os R$ 9,88 bilhões da safra passada.

A soja, carro-chefe da produção agrícola do Estado, é a única cultura com estimativa negativa para este ano. Conforme avaliação do Mapa, a receita deve somar R$ 28,95 bilhões contra R$ 31,50 bilhões. Mesmo com mais uma safra recorde, consolidada em pouco mais de 30 milhões de toneladas - volume 17,2% superior as 26 milhões contabilizadas no ano passado – o preço da saca, desvalorizado em relação a 2016, é o diferencial negativo sobre as expectativas de renda para este ano.

Da produção pecuária, são estimados R$ 10,10 bilhões da bovinocultura, valor abaixo dos R$ 10,67 bilhões do ano passado. Na suinocultura a projeção de é crescimento de receita, com ela passando de R$ 797,20 milhões para R$ 881,11 milhões. Na avicultura, a receita é estimada é de R$ 2,03 bilhões contra R$ 2,29 milhões de 2016. A produção de leite também tem a estimativa negativa na comparação anual, de R$ 608,64 milhões para R$ 566,70 milhões, bem como a produção de ovos que deve somar R$ 569,05 milhões contra R$ 745,05 milhões contabilizados no ano passado.

Os resultados regionais mostram, a exemplo de meses anteriores, que o maior VBP é alcançado no Sul (R$ 145,3 bilhões), seguido do Centro-Oeste (R$142,4 bilhões), Sudeste (R$ 139,1bilhões), Nordeste (R$ 51,2 bilhões) e Norte (R$ 33,1 bilhões).

BRASIL – A estimativa para o VBP brasileira é de R$ 546,3 bilhões, o maior dos últimos 27 anos. O montante é 5,3% superior ao de 2016, de R$ 519 bilhões.

Conforme o Mapa, esse resultado reflete a elevada safra de grãos prevista para esta temporada, conforme anúncio feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).





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