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Agronegócios
Domingo - 18 de Junho de 2017 às 08:06
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Nas regiões norte e oeste do Estado, cargas continuam chegando com grão avariado nos armazéns
Nas regiões norte e oeste do Estado, cargas continuam chegando com grão avariado nos armazéns

A semana foi de tempo predominantemente favorável à colheita da segunda safra de milho no Centro-Sul do Brasil. O atraso das lavouras do Paraná e a alta umidade do grão em Mato Grosso, porém, impediram um avanço maior dos trabalhos. Levantamento da Consultoria AgRural, divulgado ontem, mostra que 4,9% da área do Centro-Sul estava colhida até quinta-feira (15), em linha com os 4,6% da média de quatro anos, mas atrás dos 7,7% do ano passado.

Em Mato Grosso, a semana de sol ajudou no avanço da colheita. Mesmo assim, os 11,8% colhidos estão atrás dos 14,4% do mesmo período do ano passado. Por conta das chuvas frequentes do fim de maio e início de junho, algumas áreas estão demorando em perder a umidade. Com previsão de tempo seco para as próximas semanas, parte dos produtores tem optado por esperar para entrar com as colheitadeiras em campo. Assim, eles evitam os descontos no preço por excesso de umidade nos grãos.

Nas regiões norte e oeste do Estado, cargas continuam chegando com grão avariado nos armazéns, mas o problema deve diminuir com o avanço da colheita. Em Sorriso – município que detém a maior área plantada ao cereal, a 460 quilômetros ao norte da Capital - a média dos primeiros talhões está em 130 sacas por hectare e tem agradado os produtores.

Mato Grosso encerra a quinta semana de colheita. Desde o dia 19 de maio, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os trabalhos de colheita no campo foram retomados. Nessa safra o Estado cultivou 4,73 milhões de hectares, 9,8% a mais que os 4,31 milhões do ciclo passado.

Ainda conforme o Imea, a comercialização da safra 2016/17 ganhou um novo ânimo em maio. De modo que, foram negociadas 3,8 milhões de toneladas de milho, avanço mensal de 13,8 p.p, totalizando 60,54% da safra comercializada até o momento.

“O mercado reagiu a uma série de fatores que desencadearam elevação dos preços, dentre eles: os leilões e a alta no dólar (que no dia 18 apresentava alta 5,42% ante ao início do mês). Isso fez com que as vendas se adiantassem em 9,9 p.p., quando comparadas à média das últimas cinco safras. Assim, o preço médio mensal de comercialização fechou em R$16,10/sc, aumento de 11,1% ante ao mês anterior”, completam os analistas do Instituto.NO BRASIL - O maior atraso vem do Paraná, onde o plantio do milho foi feito mais tarde devido ao alongamento do ciclo da soja e às chuvas do início do ano, que atrapalharam a colheita da oleaginosa. Além de haver poucas lavouras de milho prontas, as chuvas das últimas semanas dificultaram a perda de umidade do grão. Na região oeste, apenas áreas pontuais foram colhidas. A boa notícia para os produtores é que o frio intenso no último fim de semana não chegou a causar danos.

Em Goiás, 1,8% da área está colhida, ante 6% no ano passado. Os trabalhos devem ganhar ritmo nos próximos dias, na medida em que mais lavouras forem ficando prontas. No sudoeste, a expectativa é de boa produtividade.

Em Mato Grosso do Sul, a colheita é pontual e ainda não chega a 1%. Na região sul, o frio do último fim de semana provocou geada fraca em áreas mais baixas de Ponta Porã. Não há relatos, porém, de danos à produtividade.

Em Minas Gerais, a colheita avança nas áreas irrigadas da região de Unaí, no noroeste, e nos talhões mais adiantados do Triângulo Mineiro. No total do estado, 2,4% da área de milho safrinha está colhida. Em São Paulo, a colheita ainda não começou.

SAFRA RECORDE - No início de junho, a AgRural elevou sua estimativa de produção de milho safrinha no Brasil de 63,6 milhões de toneladas para 67,1 milhões. Uma nova estimativa será divulgada no começo de julho.





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