Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Educação/Vestibular
Sexta - 23 de Junho de 2017 às 08:14
Por: Por André Souza, G1 MT

    Imprimir


Segundo o levantamento, a média salarial paga aos professores em MT é a menor do país (Foto: Mayke Toscano/GCOM-MT)
Segundo o levantamento, a média salarial paga aos professores em MT é a menor do país (Foto: Mayke Toscano/GCOM-MT)

A variação dos salários pagos a professores que atuam na rede municipal de ensino nos municípios de Mato Grosso chega a R$ 5 mil, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Enquanto os profissionais que trabalham em Itanhangá, a 447 km de Cuiabá, recebem R$ 1.090, os professores de São José do Rio Claro, distante 325 km da capital, ganham R$ 6.106.

Os dados são relativos ao ano de 2014 e, segundo o Inep, representam informações sobre o pagamento feito a 87,4% dos professores do país.

O levantamento foi feito com o cruzamento do CPF de mais de 2 milhões de professores em duas bases de dados: o Censo Escolar e os valores da remuneração mensal informados pelos empregadores na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), feita pelo Ministério do Trabalho.

Os dados levam em conta a remuneração média padronizada pelo cumprimento da carga horária de 40 horas semanais. Os dados referentes ao município de Cuiabá não foram disponibilizados pelo Inep.

Além de São José do Rio Claro, as maiores médias salariais são pagas em Campos de Júlio (R$ 6.054), Araputanga (R$ 5.184) e Lucas do Rio Verde (R$ 4.720).

Em contraponto, os menores salários são ofertados em Bom Jesus do Araguaia (R$ 1.187), Luciara (R$ 1.312) e Serra Nova Dourada (R$ 1.389). Além desses, outros nove municípios de Mato Grosso têm remuneração média abaixo da média estadual, que é de R$ 1.996.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, a disparidade entre os salários pagos nos municípios ocorre em função da falta de prioridade com a educação.

"Além das questões econômicas de cada região e cada município, esta diferença tem a ver com o modo como a educação é tratada em cada lugar. O que acaba acontecendo é que os gestores usam o recurso da educação para investir em outras áreas", afirmou.

Centro_Oeste>Mato_Grosso_2__container__" style="box-sizing: inherit; margin: auto; padding: 0px; border: 0pt none; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; font-stretch: inherit; font-size: inherit; line-height: inherit; font-family: inherit; vertical-align: baseline; width: 970px; max-width: 100%; text-align: center; height: 250px;">

Média estadual

Mato Grosso tem a pior média salarial para professores da rede estadual do Brasil. O estado paga R$ 1.996 para as 40 horas semanais cumpridas pelos profissionais. Por outro lado, os professores do Pará, que tem a maior média salarial do país, recebem R$ 10.083.

O estado fica atrás de estado como Paraíba e Roraima, onde as médias são R$ 2.080 e R$ 2.325, respectivamente.

Piso salarial estipulado por lei

Parte dos municípios de Mato Grosso não cumprem o piso salarial estipulado pela lei federal 11.738 de 2008, para professores da educação básica, com formação de nível médio, que é de R$ 2.298.

A lei que instituiu o piso determina que esse valor corresponda apenas ao salário-base.

Já o levantamento feito pelo Inep considera a "remuneração mensal", ou seja, além do salário-base, inclui todos os bônus, gratificações, comissões e demais vantagens que podem compor o pagamento aos docentes – o único valor excluído do cálculo é o 13º salário.

Para o presidente do Sintep-MT, o não cumprimento da lei é um desrespeito com o trabalhador.

“Os municípios simplesmente não cumprem e não são punidos por isso. Além do não cumprimento do piso, a falta de comprometimento com o plano de carreira é desrespeitoso”, afirmou Henrique.





Notícias Relacionadas


Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/425068/visualizar/