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Quarta - 30 de Agosto de 2017 às 07:07
Por: Carlos Palmeira

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Blairo Maggi (PP) disse na noite dessa segunda (28) que pode deixar a pasta caso perceba que as investigações sobre a delação do ex-governador Silval Barbosa (PMBD) estão atrapalhando o andamento do seu trabalho. “No momento que eu perceber que essa investigação vai criar embaraços para a minha atividade como ministro da Agricultura, eu sairei imediatamente do ministério. Não tenho qualquer paixão ou qualquer apego ao cargo”, disse a jornalistas.

Blairo é apontado por Silval como um dos líderes de esquemas de corrupção que aconteceram entre 2006 e 2015 em Mato Grosso, também chefiado por Blairo. O ministro falou sobre a questão em um evento com jornalistas estrangeiros em São Paulo.

Ele afirmou que as investigações são naturais, já que o nome dele foi citado em uma colaboração à Justiça, que está à diposição da e aguarda o andamento do processo. Garante, entretanto, estar tranquilo com a situação.

Beto Barata (PR)

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Blairo Maggi integra a equipe do presidente Michel Temer e é bem avaliado pelo setor

A saída da pasta também pode ocorrer, segundo Blairo, se ele perceber que perdeu o apoio do setor produtivo. O ministro ressalta que está tentando tornar o setor da agropecuária no Brasil mais ágil e moderno e que por ser um homem do campo não teria problema em se afastar da pasta.

Revela que já conversou com o presidente da República Michel Temer (PMDB) sobre isso. Na ocasião, segundo ele, o peemedebista lhe pediu para ficar no cargo.

De acordo com Blairo, o presidente lhe demonstrou apoio e elogiou sua atuação no ministério.

Citações

Blairo foi apontado pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, como líder do esquema de corrupção que se instalou no governo de Mato Grosso. A acusação consta na delação premiada de Silval Barbosa, que foi homologada pelo ministro Luiz Fux, do Suprem Tribunal Federal (STF). Na última sexta (25), Fux determinou a retirada do sigilo do depoimento do ex-governador e autorizou a abertura de um inquérito para apurar os crimes.

No documento, Janot pontua sobre a importância de Blairo no esquema. “Entre os agentes políticos, destaca-se a figura de Blairo Borges Maggi, o qual exercia incontestavelmente a função de liderança mais proeminente na organização criminosa, embora se possa afirmar que outros personagens tinham também sua parcela de comando no grupo, entre eles o próprio Silval Barbosa e José Geraldo Riva”, diz trecho da delação.

Em outro ponto da colaboração, Silval disse que herdou e pagou mais de R$ 70 milhões em dívidas políticas deixadas por Blairo, que o antecedeu no governo estadual.





Fonte: RD News

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