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Terça - 26 de Dezembro de 2017 às 20:14
Por: Terra

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A negociação entre a CBF e a Fifa para a liberação de quantia referente ao fundo de legado da Copa do Mundo de 2014 – cerca de R$ 300 milhões, que a entidade com sede na Suíça ficou de repassar à confederação – parecia ter chegado a um final feliz em setembro, quando foi decidida a criação de uma empresa para administrar os recursos. Naquele momento, a Fifa sinalizava sua aprovação à gestão de Marco Polo Del Nero na CBF.

Mas, a decisão recente da Justiça dos EUA de condenar o ex-presidente da CBF José Maria Marin por seis dos sete crimes que era acusado – as denúncias são as mesmas contra Del Nero -, pode representar mais um longo período sem que a CBF veja a cor daquele dinheiro. A informação foi passada ao Terra por um ex-integrante do Comitê Executivo da Fifa, que mantém ainda um bom trânsito com vários dirigentes da federação internacional.

Se a Fifa decidir banir Del Nero do futebol, a situação, porém, pode ter uma solução mais rápida. Não que a Fifa confie no grupo que passaria a administrar a CBF – todos muito ligados a Del Nero -, mas porque o eventual afastamento definitivo do cartola deixaria um caminho menos tortuoso à empresa que vai gerir os R$ 300 milhões.

Para a Fifa, seria conveniente resolver a questão antes do Mundial da Rússia, que vai ser realizado em junho e julho de 2018. De certo modo, a entidade lavou as mãos ao anunciar que uma empresa seria criada – o que ainda não se concretizou – para resolver o problema.

A reunião que selou o acordo entre CBF e Fifa, em setembro, em Zurique, foi comemorada pela entidade brasileira. Em seu site, no dia 14 daquele mês, a CBF estampou uma nota, na qual relatava um resumo do encontro. Num dos tópicos, registrou o seguinte: “A Fifa reconhece o excelente trabalho que a CBF vem realizando na área de Governança e Conformidade.”

Em dezembro, a Fifa deixou de reconhecer “o excelente trabalho” da CBF em “Governança” ao suspender Del Nero por 90 dias, em razão das denúncias que se acumulavam contra ele na Justiça dos EUA – por crimes de corrupção envolvendo empresas de marketing esportivo. O dirigente segue negando seu envolvimento em atos ilícitos.





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