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Politica MT
Terça - 16 de Janeiro de 2018 às 21:29
Por: Folhamax

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O jornalista Maurício Lima, que assina a coluna Radar da Revista Veja, questionou na noite de hoje uma eventual proteção do Ministério Público Federal e do Supremo Tribunal Federal ao governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB). O motivo é o fato de nenhuma medida contra o tucano ter sido requerida em função da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa.

O comentário surgiu quando o colunista noticiou a decisão do ministro Luiz Fux de suspender o processo de aposentadoria do conselheiro do Tribunal de Contas, Antonio Joaquim, pelo fato de ser um dos investigados na “Operação Malebolge”, que tem como base a delação do ex-chefe do executivo e culminou com afastamento de Joaquim e mais cinco conselheiros. “Até ai, a decisão é correta, já que o CNJ não prevê aposentadoria de magistrados no curso de um processo investigativo”, diz Maurício Lima.

Porém, ele apontou que “pau que bate em Chico, não bate em Francisco”. Isso porque, o governador Pedro Taques, também citado na delação de Silval, não sofreu nenhuma medida. “O problema é que Silval também faz graves acusações contra o governador Pedro Taques e, no que diz respeito ao político, nada foi feito”, coloca.

O colunista aponta ainda que a decisão entre de afastar o conselheiro ocorreu dias após ele anunciar sua aposentadoria para retornar a política, onde pretendia ser candidato ao Governo do Estado, num provável confronto contra Taques. "Silval acabou preso sob a acusação de liderar esquema de recebimento de propina em troca de concessão de incentivos fiscais. De acordo com ele, Joaquim estava no meio do esquema — bem como Taques", escreveu Maurício Lima.

DELAÇÃO

Antonio Joaquim foi delatado por Silval num esquema que envolveu outros quatro conselheiros do TCE. Segundo o ex-governador, foram pagos R$ 53 milhões em propinas para que os conselheiros não criassem “obstáculos” nas fiscalizações às obras da Copa do Mundo e do MT Integrado.

Ele ainda teria vendido uma fazenda para Silval paga com recursos desviados dos cofres públicos. Já Taques, foi citado num suposto acordo firmado no processo eleitoral de 2014.

Nele, o ex-governador teria se comprometido a não se “engajar” na campanha do ex-vereador Lúdio Cabral (PT) ao Governo, em troca de não ter sua gestão investigada pelo então senador em caso de vitória. Além disso, o ex-governador teria conseguido recursos financeiros para a campanha do tucano. Os valores seriam a “garantia” de que não teria sua gestão “devassada” por Taques.





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