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Agronegócios
Sexta - 26 de Janeiro de 2018 às 09:02
Por: Portal do Agronegócio

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A China importou no ano passado 11,7 milhões de toneladas da soja mato-grossense em grão, o que representou o maior montante já comprado do Estado. O país asiático comprou 65% de toda a produção levada da oleaginosa levada para fora e foi disparado o líder no quesito. Na segunda colocação, aparece a Espanha tendo importado 1,1 milhão de toneladas seguido pela Tailândia com 803,6 mil toneladas.

No total, Mato Grosso exportou 18 milhões de toneladas de soja em 2017. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e foram divulgados no relatório semanal de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda (22).

O porto de Santos (SP), que levou para fora 8,4 milhões de toneladas de soja, continua sendo a principal rota de escoamento do grão mato-grossense. Um destaque, porém, foi o crescimento dos embarques nos portos do chamado Arco-Norte do país. A região foi responsável pela exportação de 42,7% do total, a maior participação da história.

Nesse caso, o porto de Barcarena (PA) - segundo local para onde a soja mato-grossense mais foi levada - puxou esse número para cima. Foram 3,3 milhões de toneladas escoadas no local, um aumento de 92,6% na comparação com 2016. O terceiro porto onde a produção mais chegou foi o de Manaus (AM), que escoou 1,5 milhão de toneladas.

As exportações dos 18 milhões de toneladas de soja em grão renderam 6,8 milhões de dólares (R$ 21,8 milhões).

Escoamento

Endrigo Dalcin, integrante do Conselho Consultivo e ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), argumenta ao que os chineses são os maiores compradores mundiais e que por isso não é um espanto o aumento do montante da soja importado por eles em 2017.

“Isso é um reflexo de vários fatores como o trabalho de divulgação internacional da soja mato-grossense, da visita dos chineses nas nossas lavouras, do Programa Soja Plus e outros. Eles sabem da qualidade do nosso produto e quando querem comprar escolhem Mato Grosso mesmo”, pontua.

Endrigo lembra, ainda, que o Estado está abrindo novos mercados no continente asiático para que em um futuro próximo a dependência em relação à China diminua. Países como Singapura, Malásia, Indonésia, Japão e Coreia do Sul estão entre os cortejados.

Sobre o aumento do escoamento da produção de soja pelo Arco Norte ele argumenta que é uma questão natural devido à maior proximidade com Mato Grosso. O consultor da Aprosoja afirma que apesar de grande parte da produção ir para o Sul, principalmente para Santos, a tendência futura é que o movimento caminhe na direção contrária.

“Os portos do Arco Norte são mais eficientes, têm menores distâncias para os países consumidores e investiram muito em tecnologia nos últimos anos. O problema continua sendo a logística para levar o grão para lá. Se essa questão melhorar, como já melhorou um pouco em 2017, a tendência é aumentar o escoamento por aquela região”, defende.





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