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Quarta - 21 de Fevereiro de 2018 às 10:35
Por: Diário De Cuiabá

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Após o ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), revelar o seu desejo de deixar a política e não disputar as eleições de 2018, os principais nomes para o pleito deste ano se manifestaram sobre a saída de Maggi das articulações políticas e classificam que o Estado entrará em um novo cenário eleitoral a partir de agora.

Para o ex-senador Jayme Campos (DEM) e um dos principais nomes na disputa de 2018, A saída de Maggi abrirá uma nova conjuntura de articulações entre partidos e pré-candidatos.

“O anúncio do ministro Blairo Maggi em não querer mais disputar as eleições coloca o processo eleitoral em um quadro novo. Ninguém pode desconsiderar o líder político que é o Blairo e a saída dele sem dúvida influenciará nas urnas. Até porque agora ficará uma disputa para saber quem poderá herdar os votos dele”, analisou o democrata.

Para Campos esse novo cenário deverá ser mensurado com as pesquisas de intenção de votos e com as movimentações dos aliados do ministro. “Nesse novo cenário devemos observar como se movimentará os aliados do Blairo, o setor que ele representa. E é claro, será preciso que as pesquisas indiquem qual caminho seguirá os votos que ele tem”, disse.

Apesar disso, Jayme Campos ainda acredita ser muito cedo para qualquer definição de alianças ou candidatura. “Apesar desse anúncio aos seus aliados, continuo achando muito cedo para iniciar as discussões para o pleito que virá em outubro. Muita coisa pode acontecer e outras desistências poderão ocorrer. Vamos aguardar”, ponderou. “Quanto a mim, essa decisão não muda em nada a minha conduta dentro do DEM em deixar o meu nome a disposição”, complementa.

Já o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (sem partido) lamenta a saída do seu padrinho político da vida pública, mas diz respeitar a decisão. “Eu fiquei sabendo e acho que todos nós de Mato Grosso perdemos com a saída do ministro Blairo Maggi da política. A sua liderança e a sua capacidade de ajudar o Estado já é comprovada. Mas respeito a decisão dele de foro íntimo e a respeito”, disse ao Diário.

Mendes também acredita que a decisão de Maggi muda as articulações para 2018. “Sem dúvidas que sem o Blairo as eleições ganhará outros desdobramentos, mas é assim a política. Todos nós sairemos um dia. Ou por decisão própria ou pelas próprias urnas”, pontuou Mauro Mendes.

Questionado se a decisão do ministro Blairo influenciaria na sua decisão de disputar ou não o pleito de 2018, Mendes preferiu não responder. “Eu continuo com o mesmo posicionamento. Só vou pensar nisso em março e abril. Por enquanto estou trabalhando e cuidando dos meus negócios particulares”.

Para o vice-governador Carlos Fávaro (PSD) que estava na reunião em que Blairo comunicou a sua intenção de não disputar, todos os setores da política e do Estado perderá sem a presença do ministro na política. “O ministro Blairo Maggi é a nossa maior liderança política com expressão nacional. São 16 anos defendendo Mato Grosso. Todos nós perderemos. Mas é uma decisão que envolve familiares e a sua questão empresarial”, disse. Fávaro também acredita que a eminente saída de Maggi da política fará com que os partidos e liderança se realinhem dentro do Estado. “Eleição sem Blairo mexe com todas as peças do tabuleiro eleitoral. E isso será debatido daqui pra frente”, disse.

Porém, o vice-governador ainda tem esperança que o ministro mude de ideia. “Ele disse que está 90% fora. Eu prefiro ficar com os 10% de que ele possa contribuir mais um pouco com a nossa população e com Mato Grosso. Vamos aguardar todos os prazos”, finaliza.

Já o senador Wellington Fagundes (PR) é preciso respeitar a decisão do ex-correligionário. “Foi uma decisão de foro íntimo, que, lamentamos profundamente, mas que precisa ser respeitada. Blairo Maggi é um homem experiente, de grande sucesso empresarial, e de notáveis serviços a Mato Grosso como homem público. Foi uma decisão, seguramente, bastante amadurecida”, disse.

“Penso, no entanto, que ele apenas deixa o processo eleitoral, mas acredito que seguirá na política, dando sua sempre expressiva parcela de contribuição”.

Quanto ao processo eleitoral, Fagundes acredita que haverá novas acomodações. “De minha parte, seguirei debatendo os projetos que interessam ao Estado, que possam contribuir para tirar Mato Grosso dessa situação em que se encontra, com problemas em todos os setores por falta de uma gestão eficiente”, disse.

O ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), reuniu familiares e amigos próximos no último domingo (18) e comunicou que não disputará as eleições de 2018. Blairo Maggi aceitou o pedido do presidente Michel Temer (PMDB), que o convidou para concluir a sua gestão a frente do Ministério da Agricultura.





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