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Politica MT
Sábado - 24 de Fevereiro de 2018 às 19:45
Por: Leonardo Heitor/folhamax

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O presidente do Detran-MT, Thiago França, afirmou, durante inauguração do posto de atendimento no Shopping Goiabeiras, que o órgão pretende criar um núcleo de inteligência. A medida, segundo ele, visa evitar esquemas como o investigado na Operação Bereré, deflagrada na segunda-feira em ação da Delegacia Fazendária e pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).

Um dos contratos que teria fraudes é o firmado com a empresa FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda. (atual EIG Mercados Ltda.), responsável pelo registro de financiamentos de contratos de veículos, necessário para o primeiro emplacamento, e que estaria no epicentro de um dos esquemas.

França destacou uma série de ações que a autarquia já fez, durante a gestão do governador Pedro Taques, como a revisão de contratos, além de auditorias internas. Ele não quis comentar a Operação Bereré, já que o processo tramita em sigilo, mas afirmou que é favorável a investigação. O presidente do Detran citou, entretanto, que o contrato foi auditado recentemente pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que fez uma série de apontamentos.

“O Detran não foi alvo de busca e apreensão, mas se a Justiça nos procurar, estaremos a disposição para prestar todas as informações. Se houver a necessidade de se fazer uma auditoria em todos os contratos, nós faremos. Na gestão do governador Pedro Taques, já foi feito um trabalho neste sentido, tanto é que houveram vários aprimoramentos neste contrato, inclusive no aumento do repasse do valor. Esta concessionária repassava 10% do valor dos serviços prestados, para o Detran, e hoje repassa 50% daquilo que realmente é arrecadado”, explicou.

Thiago França afirmou que recebeu o Detran de uma maneira muito melhor do que quando os ex-presidentes Rogers Jarbas e Arnon Osny pegaram o órgão. Segundo o atual gestor da autarquia, foram feitos aprimoramentos visando garantir mais transparência para as fiscalizações e ações do Detran no Estado. Entre elas está a suspensão de 50 credenciados.

“Existe o projeto de se criar um núcleo de inteligência no Detran para continuarmos com esta política de investigação. O país vive este momento de transição de serem passadas as coisas a limpo e ações como estas são importantes para que a gente possa cada vez mais, ter transparência no serviço público, de uma forma geral”, destacou.

O presidente do Detran afirmou que ainda não pode tomar nenhuma decisão, mas que não vê problemas em rescindir o contrato com a empresa FDL. “Preciso ser provocado e me inteirar melhor sobre o que está acontecendo. Queria ter um pouco mais de precaução em relação a estas ações e estas precauções, para adotarmos algum tipo de postura. Nós não temos compromisso com a coisa errada. Queremos fazer a coisa certa. Se houver a necessidade de se rescindir o contrato, rescindiremos, sem nenhuma preocupação”, afirmou.





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