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Sábado - 24 de Fevereiro de 2018 às 19:51
Por: Ronaldo Pacheco/olhardireto

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O estilo quase lorde britânico comum ao senador Wellington Fagundes, presidente regional do PR, foi deixado de lado e partiu para o ataque contra o governador José Pedro Taques (PSDB). Tudo indica que Fagundes finalmente desceu do muro e assumiu em definitivo a pré-candidatura ao governo de Mato Grosso, no pleito de outubro deste ano.

“Infelizmente o governador Pedro Taques, em sua visão muita estreita, não querendo ouvir as outras pessoas, está levando o Estado de Mato Grosso para uma situação de caos”, cutucou Fagundes, na tribuna do Senado, em seu primeiro ataque frontal ao atual chefe do Poder Executivo.

O presidente do PR entende que a crise político-administrativa tem no atual governador o principal responsável. “Hoje, infelizmente, Mato Grosso está em uma situação de crise muito grande. Na saúde, em situação deplorável, assim como na segurança. Enfim, todas as áreas. Ainda que a gente aqui [bancada de Mato grosso no Congresso] procura trabalhar junto”, citou ele, com ênfase ao trabalho para a liberação do Fundo de Compensação das Exportações (FEX) e emenda de R$ 156 milhões para custeio da saúde – R$ 100 milhões já estão na conta do Estado.

Fagundes lembrou que a arrecadação tem aumentado, mas Taques nãos abe administrar. “Procuramos fazer a nossa parte para ajudar o Estado, mas infelizmente, mesmo o Estado de Mato Grosso aumentando a sua arrecadação, estamos com problemas sérios, como atraso de pagamento, dificuldade no cumprimento da RGA... Há vários aspectos de dificuldade em política-administrativa que o governador Pedro Taques tem levado à nossa população”, provocou ele.

Nesse contexto, Wellington Fagundes desafia a questionar a população sobre o que pensa do governo Taques, em qualquer área. “A população está muito insatisfeita com o governo, como está sendo tocado o Estado: pergunte ao servidor público, à dona de casa, ou a quem está no hospital com o seu filho, na fila em busca de atendimento. A situação em Mato Grosso está difícil. Cabe à oposição se solidarizar, também, com a nossa população”, alfinetou o presidente do PR.

A postura atual de ataque não que, no passado, havia concordância com o governo Taques. “Negativo! Nossa posição sempre foi de oposição ao governo que está aí. E como oposição sempre se preocupou em apontar soluções; o governador decidiu não ouvir”, emendou o senador do PR.

Sobre ser apoiado

Wellington Fagundes não entende que estaria “traindo” a pré-candidatura do conselheiro afastado Antônio Joaquim Neto, do Tribunal de Contas do Estado. “Sempre disse ao Antônio Joaquim em várias reuniões: quem quer apoio, também tem que estar disposto a apoiar. Antônio Joaquim se pré-dispôs a lançar uma candidatura e nós desejamos participar”, justificou ele.

Fagundes lembra que em política tudo é possível, inclusive uma candidatura de Antônio Joaquim ou dele próprio, contra Pedro Taques. “Quem está na chuva é para se molhar! Quem está na política e pertence a um partido, sempre tem um projeto político”, concluiu Wellington.

Outro lado

O Palácio Paiaguás não interpretou a declaração de Wellington Fagundes como ataque pré-eleitoral. O secretário-chefe da Casa Civil, deputado Max Russi (PSB), considerou “muito natural que o parlamentar tenha postura crítica e alguns pontos de vista diferentes do governo”.

Ao invés de contra-atacar, Max Russi preferiu agradecer Wellington Fagundes e a bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional, num contexto geral, pelo apoio ao governo Pedro Taques em diferentes frentes de batalha. Russi enfatizou a ação da bancada na conquista do Fundo de Auxílio às Exportações (FEX), na autorização da emenda de R$ 100 milhões para custeio da saúde de Mato Grosso e, ainda, na liberação de mais de R$ 100 milhões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre outras.

“Os nossos parlamentares têm o direito de divergir do governo, o que aliás é saudável na democracia. Sim, devem apontar problemas e sugerir soluções”, resumiu Max, sem polemizar com Fagundes.





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