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Domingo - 25 de Fevereiro de 2018 às 08:49
Por: Paulo Victor Teixeira/olhardireto

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No documento expedido ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) pela “Operação Bereré”, o Ministério Público Estadual (MPE) revela que somente em um dos desvios do esquema de fraudes no Detran-MT, 538 cheques foram assinados e entregues a uma única pessoa. A tática criminosa, conhecida como “pulverização”, evita que investigações e Bancos detectem esquema de lavagem de dinheiro.

A “Bereré” foi deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz) e o Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e versa sobre esquema de fraude e pagamentos de propinas no Detran de Mato Grosso à parlamentares.

Narra o MPE que entre dezembro de 2010 e outubro de 2015, Rebeca Maria Souza Arruda foi beneficiária de 583 cheques sacados por Antonio Eduardo, os quais totalizaram o valor de R$ 3.044.510,76. O objetivo da pulverização seria esconder a origem ilícita do dinheiro provindo da FDL Serviços.


Conforme a própria acusação avalia, a medida visa não chamar a atenção das autoridades fiscalizadoras da atividade bancária. “Os investigados se utilizam da emissão de vários cheques de baixo valor”.


Durante a operação, mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (PSB). O ex-deputado federal Pedro Henry é alvo também. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (PSB), é outro investigado.

A ação é um desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.

Segundo o Gaeco, as investigações tiveram início na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEFAZ), sendo que as medidas cautelares foram requeridas pelo NACO Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Sorriso e Brasília-DF, pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do BOPE.

Estão envolvidos no cumprimento da ordem judicial uma força tarefa com aproximadamente 200 integrantes, dentre Policiais Civis, Policiais Militares, Delegados de Polícia e Promotores de Justiça.





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