CRISE NA BASE
PSD reage a exoneração de diretor de unidade da Sema-MT Presidente da AMM, Neurilan Fraga, afirma que este fato mostra que Taques não tem compromisso com o partido

O ex-prefeito de Nortelândia e presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga (PSD), reagiu a exoneração de um servidor comissionado indicado pelo PSD na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, assinada pelo governador Pedro Taques (PSDB) e publicada no Diário Oficial da última quinta-feira (1).

Neurilan afirmou que este caso demonstra que o governador não trata o partido da mesma forma com que a sigla trabalha para o Governo do Estado. Segundo o presidente da AMM, o funcionário demitido era capacitado e especializado em gestão.

“Esta é uma das razões pelas quais eu defendo que a gente saia da base. Não há respeito nem reciprocidade do governador com o PSD. É o partido que tem o maior número de parlamentares na sustentação ao governo, e vem sido tratado desta forma. Sugiro trabalhar com outra alternativa na forma de governar o Estado”, afirmou.

Luciano Napolis Costa, indicado pelo PSD, foi exonerado do cargo em comissão de Direção Geral e Assessoramento, Nível DGA-4, de Diretor de Unidade Desconcentrada de Barra do Garças, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA). Em seu lugar, foi nomeado David Lincoln de Campos, que teria sido indicação do ex-deputado Daltinho (SD).

Para o presidente da AMM, a atitude demonstra falta de compromisso com o vice-governador e presidente estadual do PSD, Carlos Fávaro. O ex-prefeito de Nortelândia, inclusive, prefere acreditar que o ato não seja uma represália pelo fato de Fávaro ter tornado público que pretende se candidatar ao Senado, com a saída do ministro da Agricultura Blairo Maggi da disputa.

“Eu acho que é falta de compromisso e lealdade, porque o vice-governador tem sido extremamente leal e a sigla tem contribuído na assembleia. Não acredito que seja uma represália ao Fávaro, porque se for, é muita pequenez para quem declarava que priorizaria a parte técnica no governo e que trataria a todos de forma igual, independente do partido”, pontuou.