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Quarta - 07 de Março de 2018 às 23:13
Por: Camila Ribeiro/Midia News

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Vereadores divergem quanto a continuidade de trabalhos da CPI
Vereadores divergem quanto a continuidade de trabalhos da CPI

O presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Justino Malheiros (PV), apresentou um requerimento na manhã desta quarta-feira (7) propondo o fim da fase de oitivas da CPI do Paletó, que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Em 2013, à época em que ainda era deputado estadual, Pinheiro foi flagrado em vídeo recebendo maços de dinheiro no Palácio Paiaguás. Segundo a delação do ex-governador Silval Barbosa ao Ministério Público Federal, os valores eram relativos a pagamento de propina.

O requerimento de Justino foi apresentado logo após a oitiva realizada na manhã de hoje com o servidor da Assembleia Legislativa, Valdecir Cardoso. Foi ele quem auxiliou o então chefe de gabinete de Silval, Silvio Correa, a instalar a câmera usada para gravar os parlamentares.

“Se não me falhe a memória, já ouvimos aqui os quatro depoentes que havíamos deliberado em conjunto. Visto isso, gostaria de fazer um requerimento no sentido de que, se os membros da CPI estiverem satisfeitos, seja encerrada a fase de oitivas”, pediu Justino.

“A partir daí, podemos entrar na parte de elaboração do relatório da CPI para que possamos apreciar até o final do mês”, acrescentou o presidente da Casa.

Até o momento, além de Valdecir foram ouvidos o ex-governador Silval, Silvio Correa e o ex-secretário de Estado, Alan Zanatta.

“Querem calar a CPI”

O presidente da CPI do Paletó, Marcelo Bussiki (PSB), por sua vez, afirmou que há uma tentativa por parte de alguns vereadores em “calar” as investigações.

“Ouvimos quatro pessoas. Há uma série de oitivas a serem deliberadas para esclarecer o objeto e já querem calar a CPI, fechar a CPI. Não é por aí”, afirmou Bussiki.

Segundo ele, ainda é preciso colher novos depoimentos e analisar documentos que podem ajudar a esclarecer os fatos investigados.

“Precisamos aprofundar, buscar a verdade real. Ouvir o outro lado. Temos que ouvir, por exemplo, o irmão do prefeito, Marco Poló Pinheiro, o “Popó”, além do próprio prefeito. Por enquanto, ouvimos pessoas como Silval e Silvio, que foram categóricos ao afirmar que o dinheiro era de propina. Precisamos do outro lado”.

Na próxima sexta-feira (10), a CPI se reúne novamente para votar requerimentos que pedem as oitivas do prefeito e de seu irmão, do ex-presidente José Riva, entre outras.

“A CPI está andando, estamos esclarecendo muitos pontos relacionados aos fatos investigados e, pelo que vejo, isso está incomodando alguns vereadores”, concluiu Bussiki.





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