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Politica MT
Sexta - 16 de Março de 2018 às 17:15
Por: Leonardo Heitor e Ilídio Luciano/Folhamax

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O conselho de sentença que julga a ação militar que apura os grampos telefônicos ilegais em Mato Grosso dispensou nesta sexta-feira o governador Pedro Taques (PSDB) de depor como testemunha no caso do cabo Gérson Luiz Correia Júnior. O resultado foi três votos a favor da dispensa e dois contrários.

Os votos favoráveis a dispensa de Taques foram dos coronéis que compõem o conselho. O juiz Murilo Mesquita Moura votou pela manutenção de Taques como testemunha e foi acompanhado por apenas um coronel.

O Ministério Público foi favorável a dispensa. O governador havia sido arrolado pela defesa do cabo Gérson Luiz Correia Júnior, apontado como operador do esquema de escuta telefônica ilegal no Estado.

Porém, os advogados do chefe do executivo haviam pedido sua dispensa. A alegação é de Taques é investigado pelos mesmos fatos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O entendimento é de que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.

LIBERDADE

Na audiência desta tarde, o conselho ainda decidiu pela revogação das prisões domiciliares dos coronéis da Polícia Militar, Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, e Ronelson Barros, também réus na ação. Assim como na dispensa de Taques, foram 3 votos a 2 pela soltura dos oficiais que estavam “presos em casa”.

Os advogados dos coronéis pediram a extensão do habeas corpus concedido ao cabo Gérson pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por unanimidade, na última quarta-feira. Todos vão cumprir medidas cautelares.

As medidas as serem cumpridas são: monitoramento por tornozeleira eletrônica; apresentação mensal a Justiça uma vez por mês para apresentar atividade; proibição de deixar Cuiabá ou Várzea Grande sem autorização prévia da Justiça; não manter contato com testemunhas e demais réus do processo; e recolhimento domiciliar no período noturno e integral nos finais de semana. Nesta sexta-feira, prestou depoimento o delegado-geral da Polícia Civil, Fernando Vasco.

Ele falou que teve conhecimento do esquema pela imprensa e determinou a investigação das delegadas Alana Cardoso e Alessandra Saturnino por determinação do desembargador Orlando Perri. Elas teriam conhecimento prévio do esquema e não fizeram a denúncia.

Além disso, foi dispensada a testemunha Tatiane Sangalli. Ela, que foi alvo de escutas ilegais, havia sido arrolada pelo cabo Gérson.





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