ROMPIMENTO
Campos afirma que DEM deve apoiar senador se não lançar candidato ao Governo Segundo Júlio Campos, nome de Pedro Taques é o de maior restrição dentro da sigla
O ex-governador Júlio Campos (DEM) afirmou na manhã desta sexta-feira, em entrevista à Rádio Capital, que caso o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, não seja candidato, a tendência do partido é uma coligação com o senador Wellington Fagundes (PR), pré-candidato da oposição ao Governo do Estado. Mauro Mendes se filiará nesta sexta ao Democratas, mas ainda não definiu se será candidato.
Júlio Campos afirmou que o partido espera que o ex-prefeito se lance ao Governo do Estado, mas deixou claro o que pode acontecer, caso isso não se viabilize. “Se houver a possibilidade de o Mauro não ser candidato, o que eu espero que não aconteça, já que o Mauro Mendes é muito forte para esta eleição, há um grupo dentro do DEM muito simpático a uma coligação com o Wellington Fagundes. O nome do Pedro Taques (PSDB) tem mais restrição no partido hoje que o do senador”, afirmou.
Mesmo apontando que o partido possa apoiar Wellington Fagundes, caso não seja confirmada a candidatura de Mauro Mendes ao Governo do Estado, e se Jayme Campos se mantenha na disputa ao Senado, o ex-governador não descarta uma reedição da aliança com o governador Pedro Taques, que buscará a reeleição. “Não vou dizer que não existe a possibilidade, porque a convenção é só em julho, mas não é nosso pensamento. Nós já liberamos o governador de qualquer compromisso político e partidário conosco. A decisão maior foi quando o deputado estadual Dilmar Dal Bosco abriu mão da liderança do governo, que era o único cargo expressivo que o DEM tinha”, disse.
Júlio Campos afirmou que a saída do DEM da base aliada do governo Pedro Taques não quer dizer que as duas partes viraram inimigas, já que o rompimento se deve ao projeto do Democratas de lançar candidato próprio para o Governo do Estado. Ele fez questão de frisar que é necessário que exista uma cordialidade entre todos, principalmente em relação ao governador e a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos, e o secretário de Assuntos Estratégicos do município, Jayme Campos.
“O DEM está independente há cerca de 30 dias. Comunicamos ao Pedro Taques que temos um projeto próprio. Quando o partido visa uma candidatura própria ao Governo do Estado e ao Senado Federal, não tem como ficar vinculado a um governador que é candidato à reeleição. Mas é preciso ter uma relação de cordialidade, como a que ele tem com o Jayme Campos e a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos. Não se pode confundir. Vamos disputar a eleição, o que é normal. Disputei eleição com Dante e Bezerra e nunca fui inimigo deles”, completou.
FILIAÇÕES E DIRETÓRIO
Nesta sexta-feira, o DEM realiza o ato de filiação dos deputados Eduardo Botelho, Mauro Savi e Adriano Silva. Além deles, ingressa na legenda o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes. Antes, o deputado federal Fábio Garcia havia se filiado ao partido.
Todos são "oriundos" do PSB. Eles deixaram a sigla socialista após o deputado federal Valtenir Pereira (PSB) voltar ao partido na condição de presidente do diretório em Mato Grosso.
Com as novas filiações, o DEM também terá mudança no diretório para contemplar os novos filiados. Fábio Garcia será o novo presidente do partido. Mauro Savi será o vice-presidente de Assuntos Sociais, Mauro Mendes o vice de Assuntos Econômicos, enquanto Eduardo Botelho será responsável pelos Assuntos Municipais.
O secretário-geral será Júlio Campos e o deputado Dilmar Dal Bosco será o tesoureiro. O ex-senador Jaime Campos e o deputado Adriano Silva serão os outros dois membros do diretório do DEM em Mato Grosso.
A composição foi assinada pelo presidente nacional do partido e prefeito de Salvador, ACM Neto.
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