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Cidades/Geral
Quarta - 25 de Abril de 2018 às 10:13
Por: Joanice de Deus/ Diário de Cuiabá

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Mato Grosso possui 243.452 crianças e adolescentes de zero a 14 anos vivendo em situação de pobreza, ou seja, com renda de até meio salário mínimo. No país, são mais de 40% meninos e meninas na mesma faixa etária sobrevivendo em condições semelhantes, o que representa 17,3 milhões de jovens. No Estado, o percentual é de 31,8%.

Dados como estes fazem parte do “Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil”, levantamento divulgado ontem (24) pela Fundação Abrinq. O estudo relaciona indicadores sociais aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), compromisso global para a promoção de metas de desenvolvimento até 2030, do qual o Brasil é signatário junto a outros 192 países.

Os índices relacionados a Mato Grosso mostram ainda, que do total, há aquelas crianças e adolescentes (5%) que se encontram na faixa da pobreza extrema. São 38.090 meninas e meninos com menos de 1/4 de um salário mínimo para sobreviver.

Os números referem-se ao ano de 2015, quando o salário mínimo federal correspondia a R$ 788,00. No país, as regiões norte e nordeste são as com os piores índices, onde, 54% das crianças e 60%, respectivamente, não têm condições suficientes para se manterem de forma adequada. “Algumas metas (ODS) certamente o Brasil não vai conseguir cumprir, a menos que invista mais em políticas públicas voltadas para populações mais vulneráveis. Sem investimento, fica muito difícil cumprir esse acordo”, avaliou Heloisa Oliveira, administradora executiva da Fundação Abrinq. “Se não houver um investimento maciço em políticas sociais básicas voltadas à infância, ficamos muito distantes de cumprir o acordo”, completou.

No Estado, o levantamento mostra ainda que 161.477 famílias recebiam o “Bolsa Família”, em 2017. O número é menor que, em 2016, quando 164.105 eram beneficiárias do programa federal.

A mortalidade infantil é outro problema que faz parte da realidade brasileira. No caso de Mato Grosso, taxa é de 13,8 para 1.000 nascidos vivos, incidência que está acima da nacional, que é de 12,7% para 1 mil nascidos vivos. O cálculo deriva da relação entre o número de óbitos de crianças menores de 5 anos, a quantidade de nascidos vivos durante o ano e em determinado espaço geográfico, multiplicado por mil. Os dados são do ano de 2016 são preliminares e representam a situação da base nacional em 19 de setembro de 2017.

Outra questão é da gravidez precoce. Do total de bebês nascidos, em 2016, no Brasil, 17,5% foram de mães adolescentes. Em Mato Grosso, foram registrados 10.036 partos de mães antes dos 19 anos. Em continuidade às condições enfrentadas por essas gestantes, o Ministério da Saúde indica que quase um terço das mães (32,2%) não fazem o pré-natal adequado, indo menos de sete vezes ao médico durante a gravidez.

As crianças recém-nascidas seguem com baixo acesso ao aleitamento materno e a alimentação de qualidade. Em 2017, 18% das crianças encontravam-se em situação de desnutrição, enquanto 12,5% da população de 0 a 5 anos tinha a altura baixa ou muito baixa para a sua idade.





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