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Segunda - 22 de Outubro de 2018 às 16:09
Por: RD News

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Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, realizou a autuação na manhã desta segunda (22) de uma mulher e um homem por “falsa comunicação de crime”. As investigações apontaram que ambos são amantes e montaram versão fictícia de um sequestro que teria ocorrido em Várzea Grande.

O caso

Familiares de Alline Figueiredo da Cruz, 28, notificaram seu desaparecimento na quinta-feira (18) relatando que a última vez que havia sido vista foi na noite de quarta (17), quando teria afirmado para o marido que iria ao shopping de Várzea Grande para participar de um curso na área de estética e beleza.

Desde a comunicação do fato, a Polícia Civil empreendeu diligências com a objetivo de localizar a mulher.

Parentes da jovem chegaram a receber telefonema no dia seguinte ao desaparecimento, onde um homem se identificou como sequestrador. Ele teria passado instruções para que a polícia não fosse comunicada de nada, caso contrário Alline morreria.

Durante todo o final de semana, a GCCO efetuou diversos deslocamentos e oitivas buscando a localização da jovem supostamente sequestrada. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) efetuou trabalho pericial no carro da mulher (um Ford Fiesta), encontrado abandonado próximo a avenida Fernando Correa, na Capital.

Na noite de domingo (21), Alline apareceu em via pública e pediu acionamento da Polícia Militar. Ela relatou ter sido rendida por três criminosos armados que a obrigaram a seguir com eles em outro automóvel, sendo mantida trancada no quarto de uma residência durante quatro dias.

Segundo relato da mulher, os supostos criminosos a teriam abandonado apenas no domingo, na Rodovia dos Imigrantes.

Contradizendo os relatos da mulher, testemunhas afirmaram tê-la visto com aparência tranquila e tomando cerveja em uma lanchonete, em horário posterior ao desaparecimento/suposto sequestro, acompanhada de um homem.

Confissão

Em depoimento na delegacia, Alline confessou que estava durante os quatro dias em companhia de Marcelo de Souza Arruda, que conheceu por uma rede social há aproximadamente um mês. Declarou que na noite de quarta (17) teria ingerido muita bebida alcoólica, fazendo com que perdesse o horário de voltar para casa, de modo a não levantar suspeitas do marido.

No dia seguinte aos fatos, ela declarou ter tido a ideia de montar um falso sequestro para justificar sua ausência.

Alline (que é casada e mãe de duas crianças) e Marcelo foram, em seguida, para uma propriedade rural em Mimoso, onde permaneceram até a tarde de sábado (20). Ela admitiu que comprou um chip para que fosse feito contato com a família se passando por sequestrador. A ligação foi efetuada por Marcelo.

A mulher também detalhou que rasgou a própria roupa antes de pedir a terceiro para que acionasse a Polícia Militar no domingo (21).

De acordo com o delegado titular da GCCO, Diogo Santana, tanto Alline quanto seu amante, Marcelo, (que nesse momento passa por interrogatório na unidade policial) vão responder criminalmente por falsa comunicação de crime. Ambos serão indiciados em razão da gravidade de se mobilizar as forças de Segurança Pública (Polícia Militar, Politec e Polícia Civil), com uma narrativa absolutamente falsa e irresponsável.





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